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Em ata, Copom diz que impactos do tarifaço ainda são “incertos”

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Em ata, Copom diz que impactos do tarifaço ainda são “incertos”

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou, nesta terça-feira (5/8), a ata referente à reunião de julho. Segundo o Copom, a imposição de tarifas unilaterais de 50% pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras “tem impactos setoriais relevantes” e “impactos agregados ainda incertos” a depender de como se encaminharão as negociações.

Para o colegiado, o conjuntura externa “está mais adverso e incerto”. Eles ressaltam que a política fiscal e a política comercial norte-americanas tornam o “cenário mais incerto e mais adverso”.

“O comitê acompanha com atenção os possíveis impactos sobre a economia real e sobre os ativos financeiros. A avaliação predominante no comitê é de que há maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela”, afirmou a diretoria do BC em trecho do documento.

O Copom ainda ressaltou que, “como usual”, “focará nos mecanismos de transmissão da conjuntura externa sobre a dinâmica de inflação interna e seu impacto sobre o cenário prospectivo”.

“O comitê tem acompanhado, com particular atenção, os anúncios referentes à imposição pelos EUA de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza”, destacou em trecho da ata.

Desse modo, para assegurar a convergência da inflação à meta, o Copom reforçou a necessidade de ter uma política monetária “em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”.

Selic em 15% ao ano

Na ata, o comitê explica os motivos que levaram ao fim do ciclo de altas na taxa básica de juros, a Selic. A taxa foi mantida em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos.

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O ciclo de aperto monetário teve início em setembro do ano passado, quando o comitê decidiu interromper o ciclo de cortes e elevar a Selic, que passou dos então 10,50% ao ano para 10,75% ao ano.

A Selic está no patamar mais elevado em quase 20 anos. Conforme dados da série histórica, a taxa de juros é a maior desde julho de 2006, época do fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entenda a situação dos juros no Brasil

Na ata, o comitê ressaltou que o ciclo de altas foi “rápido e firme”, mesmo tendo sido iniciado em setembro do ano passado. O Copom decidiu interromper as elevações da Selic para “observar os efeitos” do aperto monetário empreendido e, assim, avaliar se a taxa Selic atual é apropriada para assegurar a convergência da inflação à meta.

Segundo a diretoria do BC, a taca de juros “deve permanecer em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado devido às expectativas desancoradas”.

“O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, pontuou.

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