Morreu nessa sexta-feira (8/8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos, o cantor e compositor Arlindo Cruz. Reconhecido como um dos grandes nomes do samba contemporâneo, o músico enfrentava há anos complicações graves de saúde após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017.
A morte foi confirmada por Babi Vruz, esposa do cantor, ao G1.
Desde o AVC, Arlindo passou por um longo período de internação e tratamento intensivo, enfrentando sequelas que o afastaram dos palcos e da vida pública.
Nos últimos meses, permaneceu hospitalizado para tratar complicações respiratórias, incluindo uma pneumonia e uma infecção por bactéria resistente, sempre sob os cuidados atentos da equipe médica e cercado pelo apoio constante da família. Como esta coluna contou, o artista chegou a ter uma parada cardíaca de 15 minutos na madrugada de quarta-feira (23/7).
Carreira
Nascido no Rio de Janeiro, Arlindo Cruz iniciou sua trajetória musical ainda jovem, integrando o grupo Fundo de Quintal, referência no samba de raiz e responsável por renovar o gênero nos anos 1980.
Com sua voz marcante e talento para composições, Arlindo destacou-se como um compositor prolífico, responsável por clássicos que se tornaram hinos do samba, como “O Show Tem Que Continuar”, “Valeu, Meu Pai” e “Tatu Bom de Bola”. Sua obra também teve influência em outros estilos musicais, dialogando com artistas de diversas gerações e mantendo viva a tradição do samba no cenário nacional.
Ao todo, Arlindo tem mais de 800 sambas.
Vida pessoal
Além do sucesso profissional, Arlindo era uma figura querida na vida pessoal. Devoto de São João, o sambista era casado com Babi Cruz, ele era pai de Flora Cruz e Arlindinho.
A trajetória de Arlindo Cruz é marcada por sua contribuição fundamental à cultura brasileira, sendo um símbolo da resistência e da força do samba, que continuará ecoando mesmo após sua partida.