O governo dos Estados Unidos anunciou novas sanções contra membros do Tribunal Penal Internacional (TPI) ligados à ação contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A decisão foi divulgada pela chancelaria norte-americana nesta quarta-feira (20/8).
Tribunal de Haia na mira dos EUA
- As sanções contra juízes do Tribunal de Haia acontecem após a Corte, em novembro de 2024, emitir um mandado de prisão contra o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.
- Ao lado do ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e de lideranças do Hamas, Netanyahu foi acusado de cometer crimes de guerra contra civis na Faixa de Gaza.
- Como forma de defender o aliado histórico, o governo dos EUA iniciou uma série de retaliações contra autoridades do TPI. Historicamente, Washington não reconhece a jurisdição do Tribunal de Haia.
Deste vez, foram sancionados os juízes Nicolas Yann Guillou e Kimberly Prost, além dos procuradores Nazhat Shameem Khan e Mame Mandiaye Niang. Eles tiveram os bens que estejam nos EUA congelados.
Além da ação contra Netanyahu, que culminou no mandado de prisão contra o premiê israelense, os EUA miram um juiz envolvido em investigações sobre a presença norte-americana, e possíveis crimes de guerra cometidos por militares do país no Afeganistão.
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Sem provas concretas, o secretário de Estado dos EUA disse que a medida é em resposta à “guerra jurídica” do TPI — também conhecido como Tribunal de Haia —, por meio de “esforços para investigar, prender, deter e processar cidadãos americanos e israelenses”.
Esta não é a primeira vez que membros da Corte são alvo de retaliações dos EUA. O próprio TPI foi sancionado no início do ano, assim como três juízes e o procurador-geral de Haia, Karim Khan.
As medida são uma resposta direta ao mandado de prisão contra Netanyahu, que é acusado de cometer crimes de guerra contra palestinos, durante a guerra na Faixa de Gaza.