Evo Morales, ex-presidente da Bolívia entre 2006 e 2019, voltou a pedir que eleitores anulem seus votos para expressar “rejeição” ao pleito deste ano. A declaração do líder indígena aconteceu neste domingo (17/8), em meio às eleições no país.
Eleições na Bolívia
- A esquerda governa a Bolívia, liderada pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS), por quase duas décadas seguidas.
- Tal hegemonia só foi quebrada entre 2019 e 2020, quando Jeanine Ãnez liderou a Bolívia após se autoproclamar presidente.
- Nas eleições deste ano, as últimas pesquisas indicam nomes de direita à frente de candidatos do MAS, e outros espectros da esquerda boliviana.
Em uma publicação na rede social X, Morales criticou três nomes que disputam a presidência neste ano,. Para o ex-presidente, Jorge “Tuto” Quiroga, Samuel Doria Medina e Manfred Reyes Villa — três dos favoritos na disputa —- são “perdedores contumazes”, que nunca venceram uma eleição presidencial na Bolívia.
Além disso, o ex-líder boliviano voltou a criticar o atual presidente do país, e disse que venceria a eleição caso Luis Arce não tivesse “roubado” seu ex-partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), e banido o “maior movimento político do país”.
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“O voto nulo expressa nossa rejeição a eleições fraudadas”, escreveu Evo na publicação.
Impedido de concorrer as eleições deste ano por decisão judicial, o ex-presidente protagonizou uma briga recente com seu ex-aliado e atual mandatário do país, Arce. A briga entre os dois pelo controle do MAS culminou na saída de Evo da sigla, que comanda a Bolívia por quase duas décadas consecutivas.
Evo também é alvo de um mandato de prisão desde o fim do último ano, no caso que o liga a um possível estupro contra uma menor de idade. Atualmente, ele vive isolado em uma região desconhecida do país, protegido por apoiadores.