Na denúncia contra o cantor Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, conhecido como “MC Poze” (foto em destaque), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) revelou que o ex-empresário do funkeiro foi torturado com uma arma artesanal feita de madeira e pregos. O crime teria ocorrido em fevereiro de 2023.
Segundo o órgão, o homem foi mantido em cárcere privado por aproximadamente uma hora e meia. Nesse tempo, ele teria sido agredido com socos, chutes e, ainda, queimado com cigarros acesos.
O cantor e outras nove pessoas são alvo de denúncias pelos crimes de tortura e extorsão mediante sequestro.
Segundo o MPRJ, os crimes teriam ocorrido na casa de MC Poze, em Vargem Grande, com o objetivo de fazer com que o homem confessasse ser o responsável pelo suposto sumiço de uma pulseira de ouro.
De acordo com o órgão, mesmo após a devolução do objeto, o homem continuou mantido em cárcere privado.
Ainda conforme aponta a denúncia, as agressões foram cometidas de forma coordenada, com participação ativa de diversos envolvidos, e resultaram em fraturas, lesões extensas e deformidades permanentes, conforme comprovado por laudo pericial.
A investigação conduzida pela 42ª DP (Recreio) revelou ainda que três dos nove denunciados, mesmo tendo presenciado direta ou indiretamente os atos de violência, prestaram falso testemunho em sede policial, negando os fatos e tentando eximir os demais da responsabilidade criminal. Por essa conduta, o MPRJ também os denunciou por crime contra a administração da Justiça.
A Promotoria destacou na peça acusatória que os crimes foram praticados com extrema violência e requintes de crueldade, com nítida intenção de exercer justiça privada.