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Ex-ministro de Lula, Dirceu mediará acordo sobre equiparação da PCDF com a PF

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Ex-ministro de Lula, Dirceu mediará acordo sobre equiparação da PCDF com a PF

Deputados distritais, federais e representantes das polícias Civil e Militar do Distrito Federal, bem como do Corpo de Bombeiros (CBMDF), se reuniram com um ex-ministro do presidente Lula para tratar da equiparação da remuneração das corporações ao da Polícia Federal (PF). O encontro ocorreu na tarde desta sexta-feira (22/8).

A reunião emergencial aconteceu após uma solicitação feita pelo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Wellington Luiz (MDB). O parlamentar pediu o encontro com o ex-ministro José Dirceu (foto em destaque) momentos depois de o Governo Federal negar equiparar salário da Policia Civil (PCDF) com o da PF.

“Não pude comparecer a uma reunião que ocorreu pela manhã, devido a compromissos na CLDF. Agora à tarde, solicitei uma reunião emergencial com o ex-ministro José Dirceu para tratar sobre o aumento das forças de segurança. O Governo Federal apresentou proposta que não atende ao nosso pedido “, disse o presidente, que representa a PCDF na Câmara Legislativa.

“No lugar disso, ofereceram aumento de 18,8% em duas parcelas, sendo 9,4% em um primeiro momento e 9,4% em um segundo. Não é o que queremos e lutaremos para reverter isso”, declarou. O percentual incidirá sobre o salário de todas as corporações da Segurança do DF.

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Ao Metrópoles, o distrital Hermeto (MDB), voz da Polícia Militar (PMDF) na CLDF, contou que o José Dirceu, que é próximo ao presidente Lula, se colocou à disposição dos deputados e levará o pleito das forças de segurança ao Ministério do Planejamento, da Justiça e da Economia.

“Ele [ex-ministro] fará essa ponte. O valor que cobrirá os aumentos sairá do Fundo Constitucional. O governador Ibaneis já havia feito cálculos, junto com a Secretaria de Economia, e concluiu que é possível fazer essa equiparação das forças policiais do DF com a Polícia Federal”, disse o parlamentar.

Segundo Hermeto, o Governo Federal está irredutível, mas as corporações e os distritais “irão lutar” para que a demanda da Segurança do DF seja atendida.

“O governador Ibaneis falou que se uma categoria receber aumento, todas terão aumento. Então, continuaremos lutando para que a segurança pública do DF consiga essa equiparação”, pontuou.

Também presente no evento, o deputado distrital Roosevelt Vilela (PL) disse que “não houve qualquer justificativa plausível para a redução do índice”. O argumento de impacto fiscal, segundo ele, não se sustenta, já que os recursos são oriundos do Fundo Constitucional do DF.

“Se o governo federal não encaminhar ao Congresso a proposta integral, a diferença orçamentária retorna ao próprio DF. Portanto, não há razão técnica ou fiscal para negar o pleito”, ressaltou Roosevelt.

O parlamentar reafirmou que bombeiros e policiais militares não aceitarão uma proposta inferior à defendida pelo GDF e reforçou a necessidade de que o governo federal demonstre bom senso e sensibilidade diante da relevância dos profissionais de segurança pública que atuam na capital do país.

Além de José Dirceu, Wellington Luiz, Hermeto e Roosevelt, compareceram à reunião a distrital Doutora Jane (MDB) e a deputada federal Érika Kokay (PT).

Também compareceram ao encontro o comandante do CBMDF, Coronel Moisés Alves Barcelos, a comandante da PMDF, Ana Paula Barros Habka, e o Diretor-Geral da PCDF, José Werick de Carvalho.

Representando as entidades de classe, estiveram presentes o Fórum das Associações do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, além dos sindicatos dos Delegados e dos Agentes da Polícia Civil.

Proposta

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já havia levado a proposta de equiparação salarial entre as polícias Civil e Federal ao governo Lula, que é responsável por pagar os salários das forças de segurança da capital, por meio do Fundo Constitucional do Distrito Federal. No entanto, não teve o pedido atendido de maneira integral.

Conforme informado, a proposta de aumento solicitado pelo GDF foi de 31,62%. A União, por sua vez, apresentou proposta de 18,8%, valor 40% menor.

A nova proposta será debatida pelos policiais civis em uma assembleia. Ainda não foi divulgada a data para o ato.

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