Ex-presidente do Parlamento da Ucrânia, Andriy Parubiy, de 54 anos, foi assassinado a tiros em plena luz do dia, neste sábado (30/8) na cidade de Lviv, no oeste do país. Segundo as autoridades, o suspeito fugiu em uma bicicleta elétrica e ainda não foi localizado.
De acordo com o jornal britânico The Sun, testemunhas relataram que o atirador usava capacete preto com marcas amarelas e estaria disfarçado como entregador de delivery. Parubiy foi atingido entre cinco e oito vezes e morreu no local, em uma calçada da rua Akademika Yefremova. O tiroteio foi registrado por volta do meio-dia (6h no horário de Brasília).
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As autoridades não forneceram nenhuma evidência imediata de que o assassinato estivesse diretamente relacionado ao conflito entre Rússia e Ucrânia
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A polícia do país isolou a cena do crime, onde foram encontradas ao menos sete cápsulas de projéteis
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Segundo as autoridades, o suspeito fugiu em uma bicicleta elétrica e ainda não foi localizado
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O ex-presidente do Parlamento da Ucrânia, Andriy Parubiy
A polícia do país isolou a cena do crime, onde foram encontradas ao menos sete cápsulas de projéteis. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) abriu investigação por homicídio.
As autoridades não forneceram nenhuma informação de que o assassinato estivesse diretamente relacionado ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
Reação de Zelensky
Nas redes sociais, o presidente Volodymyr Zelensky confirmou a morte do político e classificou o ataque como um “assassinato horrendo”. Ele disse que o ministro do Interior, Ihor Klymenko, e o procurador-geral, Ruslan Kravchenko, já apresentaram as primeiras informações sobre o caso.
“Todas as forças necessárias estão mobilizadas para investigar e capturar o assassino”, afirmou Zelensky.
O chefe da administração militar da região de Lviv, Maksym Kozitskiy, informou que Parubiy morreu antes da chegada da equipe médica.
Ukraine’s Minister of Internal Affairs Ihor Klymenko and Prosecutor General Ruslan Kravchenko have just reported the first known circumstances of the horrendous murder in Lviv. Andriy Parubiy was killed. My condolences to his family and loved ones.
All necessary forces and means…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 30, 2025
Repercussão política
A parlamentar Iryna Gerashenko chamou o episódio de “terrorismo” e descreveu Parubiy como “um colega e amigo, um camarada confiável” que era “íntegro e decente, patriota e inteligente”.
O ex-presidente Petro Poroshenko também se manifestou, dizendo que Parubiy foi “morto a tiros por monstros em Lviv”.
“O que se pode dizer com certeza é que esses monstros têm medo, e é por isso que matam verdadeiros patriotas e pessoas fortes”, escreveu.
Gerashenko acrescentou: “Este crime não se trata apenas de tiros disparados contra uma pessoa. É um tiro contra o exército. É um tiro contra a língua. É um tiro contra a fé. É um tiro contra o coração da Ucrânia”.
Andriy Sadovyi, prefeito de Lviv, declarou que era fundamental localizar o autor do crime e esclarecer as circunstâncias do ataque. “Esta é uma questão de segurança em um país em guerra, onde, como podemos ver, não existem lugares totalmente seguros”, publicou Sadovyi no Telegram.
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Quem era Andriy Parubiy
Parubiy, que era figura de destaque na política ucraniana, presidiu a Verkhovna Rada, o Parlamento da Ucrânia, e foi líder do partido Solidariedade Europeia, de Poroshenko, principal força de oposição ao governo atual.
Em 2014, ganhou destaque como o “comandante do Maidan” devido à sua atuação no movimento de protesto que resultou na derrubada do então presidente pró-Moscou, Viktor Yanukovych.
No mesmo ano, sobreviveu a uma tentativa de homicídio, quando uma granada foi arremessada contra ele, mas detonou embaixo de um veículo.