Luiz Gonzaga – Légua Tirana estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (21/8) e apresenta uma visão iluminada sobre a infância e a adolescência do Rei do Baião.
A produção traz um forte cortejo ao sertão e a cultura gonzaguiana, mostrando como era a relação do artista com a família, com a comunidade e com a música. Segundo o diretor Marcos Carvalho, ao Metrópoles, a cinebiografia é um “poema em forma de cinema”.
“Luiz Gonzaga e o sertão traduzem a força da cultura nordestina, então o filme traz muitas inspirações, sabedorias e uma fertilidade criativa singular. Légua Tirana tem subsídios de fatos reais da vida de Gonzaga, mas é poeticamente baseado na obra dele, rica em poesia catingueira e sertaneja”, afirma.
Kayro Oliveira vive Luiz Gonzaga na infância em Légua Tirana
Luiz Gonzaga – Légua Tirana
Divulgação
Chambinho do Acordeon em Luiz Gonzaga – Légua Tirana
Cena de Luiz Gonzaga – Légua Tirana
Divulgação
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Gravada em 2009, a produção demorou 16 anos para chegar aos cinemas. Fruto de pesquisas, experimentos e formação e inclusão audiovisual, Luiz Gonzaga – Légua Tirana conta com forte influência sertaneja, como revela Marcos Carvalho.
“O sertão habita toda a nossa equipe. A gente gravou em uma região exuberante, na Serra do Araripe, terra natal de Luiz Gonzaga. O filme teve uma forte conexão com o povo, a geografia local e a cultura do sertão. Apesar da caminhada longa, é um projeto com propósito. Tivemos conexões fortes, sem ansiedade, para mostrar as fortes vibrações do artista.”
Nova oportunidade
O filme traz Luiz Gonzaga em três perspectivas diferentes. A primeira, na infância, vivida pelo ator Kayro Oliveira, mostra forte conexão com a música, com a família e com os sonhos que parecem distantes.
Depois, o ator Wellington Lugo assume a atuação como Rei do Baião na adolescência. O período marcado por um romance, início de carreira, brigas e independência leva o cantor ao estrelato.
Na fase adulta, Chambinho do Acordeon vive Luiz Gonzaga. O músico, que também esteve no filme Gonzaga: De Pai Para Filho, recebe uma nova oportunidade de viver o acordeonista nas telonas. Em entrevista ao Metrópoles, ele celebrou o novo “cortejo” ao Rei do Baião em Légua Tirana.
“Luiz Gonzaga é o artista mais catalogado e biografado do Brasil. Falar dele é sempre uma honra, porque ele é um arquiteto da cultura brasileira que influenciou e segue influenciando novos artistas”, pontuou.
Ao falar sobre as diferenças entre Légua Tirana e De Pai Para Filho, o ator e músico ressaltou a forte conexão de Luiz Gonzaga com os pais na infância, diferentemente do filme anterior, que tinha “um olhar do Gonzaguinha para o Gonzagão”. No fim das contas, para ele, o importante é celebrar a cultura gonzaguiana.
“O filme é resultado de muita luta, amor, empenho e encantamento com a arte do Luiz Gonzaga. Ele merece uma novela e mesmo ainda faltaria história. Que apareçam sempre mais diretores para abordar a genialidade dele”, finaliza.