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Fraude no ICMS: distribuidoras de gasolina são multadas em R$ 210 mi

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Fraude no ICMS: distribuidoras de gasolina são multadas em R$ 210 mi

A Secretaria da Fazenda de São Paulo lavrou, nessa segunda-feira (4/8), 169 autos de infração para cobrar ICMS devido por duas distribuidoras de combustível do estado.

A ação teve como alvo a Fera Lubrificantes LTDA e a Flagler, ligadas ao grupo da refinaria Refit (ex-Manguinhos). O grupo é acusado de operar um esquema de fraude no ICMS para trazer combustível mais barato de fora de São Paulo. Segundo a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a companhia acumula uma dívida de mais de R$ 8,1 bilhões com o estado.

As informações são da Secretaria da Fazenda e da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustiveis).

Entenda as dívidas da Refit

“Responsabilidade solidária”

Para conseguir aplicar as multas no grupo Refit, a Secretaria da Fazenda recorreu à “responsabilidade solidária”, recurso no qual os clientes de uma empresa fraudulenta, ou seja, os destinatários das notas fiscais emitidos por ela, são responsabilizados por eventual sonegação. Com isso, as distribuidoras passaram a ser consideradas como “devedores solidários” de eventuais fraudes em ICMS aplicadas pela refinaria.

A Secretaria diz que, antes de emitir os autos de infração, encaminhou notificações fiscais aos destinatários das notas, alertando sobre a obrigação de exigir o comprovante de recolhimento do ICMS nas aquisições de combustível. Após isso, novas notificações foram emitidas, informando a ausência do pagamento e concedendo a oportunidade para regularização voluntária, sob pena de corresponsabilização.

Depois que o procedimento foi seguido, a Secretaria aplicou os 169 autos de infração que totalizam uma cobrança de R$ 210 milhões. O Metrópoles procurou a Refit mas não conseguiu retorno até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.

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