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    Fronteira dominada pelo tráfico no AM tem menos PMs do que na Paulista

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    O batalhão responsável pelo policiamento dos municípios do Alto Solimões, no Amazonas, conta com 156 policiais militares para atender a uma área de 96 mil quilômetros quadrados, equivalente ao território de Portugal. Como comparação, só os 3 km da Avenida Paulista, em São Paulo, têm efetivo maior empregado apenas na Operação Delegada (173), que tem como foco o comércio ambulante.

    A desproporção no policiamento da avenida mais famosa da capital paulista e a principal porta de entrada da cocaína na região norte do país é apenas um dos pontos que chamam a atenção de quem tenta desvendar os caminhos do crime nas fronteiras da região.

    As dificuldades da PM no combate ao tráfico no Alto Solimões não se restringem ao efetivo do local, daí o pedido de ajuda da Secretaria Estadual da Segurança Pública ao governo federal, que conta com as Forças Armadas na região

    51 imagensPM pilotando barco no Rio Solimões, em Tabatinga (AM)Militares em Benjamin Constant (AM), no Rio JavariPichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na ColômbiaEmbarcação no Rio Javari, no AmazonasPorto de Benjamin Constant, no AmazonasFechar modal.1 de 51

    Barco cruza o Rio Javari, no Amazonas

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    PM pilotando barco no Rio Solimões, em Tabatinga (AM)

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    Militares em Benjamin Constant (AM), no Rio Javari

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    Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na Colômbia

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    Embarcação no Rio Javari, no Amazonas

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    Porto de Benjamin Constant, no Amazonas

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    Embarcação em rio da Amazônia

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    Porto de Benjamin Constant, no Amazonas

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    Embarcação no Rio Javari, em Benjamin Constant

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    Porto de Benjamin Constant, no Amazonas

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    Embarcação em rio amazônico

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    Imagem mostra embarcação em Tabatinga (AM)

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    Embarcação no Rio Javari

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    Serraria na margem peruana do Rio Javari

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    orto de Benjamin Constant, no Amazonas

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    Porto de Benjamin Constant, no Amazonas

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    Barco no Rio Javari, no Amazonas

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    Barco ambulância no Rio Javari, no Amazonas

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    Tenente-coronel Castro Alves, em embarcação no Rio Javari

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    Pistola de policial no Rio Javari, no Amazonas

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    Arco-íris sobre o Rio Javari, em Atalaia do Norte

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    Embarcação no Rio Javari, em Atalaia do Norte (AM)

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    Indígena ferido por ferrão de arraia em Atalaia do Norte (AM)

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    Índigena sendo socorrido em Atalaia do Norte (AM)

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    Rua do porto em Atalaia do Norte (AM)

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    Pescador mostra piranha no mercado municipal, em Atalaia do Norte (AM)

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    Quadro de distâncias e tempo de viagem em barco rápido na Prefeitura de Atalaia do Norte (AM)

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    Garrafas com gasolina à venda, em Atalaia do Norte (AM)

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    Barco da PM no Rio Javari, no Amazonas

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    Cemitério em Atalaia do Norte (AM)

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    Fachada de igreja em Atalaia do Norte, no Amazonas

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    Esculturas de peixes em Atalaia do Norte, no Amazonas

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    Letreiro em Atalaia do Norte, no Amazonas

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    Garrafas com gasolina à venda, em Atalaia do Norte (AM)

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    Família em moto em Atalaia do Norte (AM)

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    Casa de apostas em Atalaia do Norte (AM)

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    Tuc-tuc em Letícia, na Colômbia

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    Fronteira entre Brasil e Colômbia

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    Fronteira entre Brasil e Colômbia

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    Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na Colômbia

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    Policial colombiano diante de porto em Letícia, na Colômbia, com vista para a ilha de Santa Rosa, no Peru

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    Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na Colômbia

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    Fronteira entre Tabatinga (BRA) e Letícia (COL)

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    Policiais militares e cães farejadores em Tabatinga (AM)

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    Presídio em Tabatinga, no Amazonas

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    Divisa entre Tabatinga (BRA) e Letícia (COL)

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    Humberto Freire, da PF, em Manaus

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    Teatro Amazonas, em Manaus

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    Mario Sarrubo

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    Porto em Manaus, no Amazonas

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    Pichação do Comando Vermelho em Manaus, no Amazonas

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    No Amazonas, as distâncias são colossais. O estado chega a ter dois fusos horários diferentes, tanto que Tabatinga, onde fica a sede do batalhão, está uma hora atrás da capital Manaus e a duas do horário de Brasília.

    A partir de Tabatinga, PMs chegam a gastar 11 horas em lancha rápida para acessar pontos distantes na cidade de Tonantins. Como comparação, seria tempo suficiente para fazer uma viagem de ida e volta entre São Paulo e o Rio de Janeiro, com um carro.

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    Nem sempre, porém, a distância em quilômetros é o que define a principal dificuldade para se fazer o patrulhamento. Há situações em que, após 2 horas de lancha rápida, os PMs são obrigados a caminhar por mais 5 horas no interior da mata fechada até alcançar os criminosos.

    Custos

    Os custos de qualquer incursão também são gigantescos. Uma lancha com dois motores, em velocidade de cruzeiro, pode consumir 100 litros de combustível por hora, em uma região onde a gasolina e o diesel estão entre os mais caros do país.

    O deslocamento de uma embarcação ao longo de pouco mais de 6 horas, em patrulha, pelos rios do Alto Solimões, sairia por algo em torno de R$ 5.000, só em combustível. No caso de uma perseguição, em velocidade máxima, o consumo dobra.

    As características do Solimões também tornam difícil a manutenção das embarcações. O rio traz consigo tantos sedimentos que “lixa” os barcos, chegando a afiar as quilhas e a promover rachaduras nos cascos. O uso de motos aquáticas também é pouco recomendável.

    A região do Alto Solimões é formada por Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antonio do Içá e Tonantins.