Goiânia – Um casal foi preso por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de rifas ilegais e manipulação de resultados dos sorteios. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), os suspeitos teria informado uma movimentação de R$ 5 milhões, mas cálculos feitos pela própria corporação apontam para uma movimentação superior a R$ 20 milhões.
O casal, que não teve a identificação divulgada, foi detido em Porangatu, no norte goiano. Segundo o delegado responsável pela investigação, Hermison Pereira, ainda não é possível precisar quantas pessoas foram vítimas do esquema. De acordo com ele, as pessoas eram atraídas pelas rede sociais, inclusive de fora do Brasil.
Leia também
-
MPSP denuncia 5 integrantes do PCC por envolvimento com rifas ilegais
-
Saiba quem são os influenciadores investigados por rifas ilegais
-
Polícia Civil investiga mulher de MC Poze do Rodo por rifas ilegais
-
“Sorteio do tigrinho”: influencer é investigado por rifas ilegais
Investigação
A operação foi realizada pela Polícia Civil (PC), na quarta-feira (13/8). Segundo Hermison Pereira, o esquema começou há aproximadamente dois anos e o grupo era investigado há cerca de oito meses. As rifas eram comercializadas sem autorização e regulação.
Segundo a Polícia Civil, as rifas eram vendidas por meio de uma plataforma própria, com venda de cotas. O delegado explicou que as fraudes nos sorteios eram realizadas com a escolha de pessoas pré-determinadas para vencer as rifas.
O esquema contava com diversos apoiadores, que desempenhavam funções logísticas, de divulgação, transporte de prêmios, intermediação de bens e captação de recursos, formando uma verdadeira associação criminosa estruturada para a prática reiterada de delitos.
Aparência de legitimidade
Durante o cumprimento das ordens judiciais, duas pessoas foram presas e foi cumprido mandado de busca e apreensão domiciliar, resultando na apreensão de uma caminhonete e um jet ski — bens de alto valor utilizados como instrumentos para atrair apostadores e dar aparência de legitimidade à prática ilícita.
Na chácara do investigado, foi apreendida uma arma de fogo, localizada logo após ele afirmar espontaneamente possuir tal objeto no local. Diante da constatação, o armamento foi apreendido e o investigado autuado em flagrante delito pela posse irregular.
Os investigados responderão por crimes contra a economia popular, crimes contra as relações de consumo, associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes tributários, além da contravenção penal equiparada ao jogo do bicho, que depende exclusivamente da sorte, e posse irregular de arma de fogo, entre outros delitos identificados ao longo da apuração.