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    Governador aliado critica verba de Lula para merenda: “Suco e bolacha”

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    Em tese aliado ao presidente Lula, o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), reclamou do montante que o governo federal repassa para a merenda escolar dos estudantes do estado.

    Em entrevista nesta segunda-feira (18/8) à TV Mirante, afiliada da TV Globo no Maranhão, o governador disse que o valor repassado pela União dá apenas para “meio copo de suco e duas bolacha”.

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    Brandão falava dos investimentos feito por ele na merenda escolar das escolas estaduais e contou que se assustou com a refeição servida até então aos estudantes maranhenses.

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    “Nós resolvemos criar um programa certo de alimentação de verdade. Mas, para isso, foi necessário fazer um grande investimento. Investimento que eu estou falando de cerca de R$ 150 milhões. Com recurso do estado, porque, até então, eram repassados apenas R$ 29 milhões do governo federal para fazer esse suco com bolacha. Então, nós vamos acabar com suco bolacha”, afirmou Brandão.

    Atualmente, o governo federal tem o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que oferece alimentação escolar a estudantes de todas as etapas da educação básica pública.

    Por meio do programa, o governo federal faz repasses a estados e municípios, em até 10 parcelas anuais, para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino.

    Em 2023, o governo federal diz ter repassado R$ 127,8 milhões para a merenda escolar no Maranhão só no primeiro semestre. O valor teria beneficiado mais de 10 mil escolas.

    Os recursos do PNAE são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Procurado pela coluna, o fundo ainda não respondeu. O espaço segue aberto para manifestações.

    Governador x Dino

    Brandão chegou ao governo do Maranhão em 2022 com apoio do hoje ministro do STF Flávio Dino, de quem era vice-governador à época. Os dois, entretanto, romperam nos últimos meses.

    O clima entre ele azedou de vez quando Brandão informou que não pretende deixar o governo em abril de 2026 para que seu vice, Felipe Camarão (PT), aliado de Dino, assuma o poder e tente a reeleição.