Presente no prato de milhões de brasileiros, o feijão é um daqueles alimentos “subestimados” quando o assunto é emagrecimento. De acordo com a nutricionista Sabina Donadelli, o grão vai muito além de um simples acompanhamento, sendo um poderoso aliado para a redução de medidas, o controle da glicose e a prevenção de doenças.
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Em entrevista à coluna Claudia Meireles, a especialista destaca que o “poder” do feijão no controle do peso está na combinação equilibrada de fibras, proteínas e carboidratos complexos. Essa composição prolonga a saciedade, ajuda a evitar picos de fome e mantém o organismo com energia por mais tempo.
O feijão é rico em fibras e em determinados tipos de carboidratos não digeríveis pelo trato gastrointestinal humano
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Existem diversos tipos de feijões
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“O feijão é extremamente nutritivo e, muitas vezes, deixado de lado nas dietas. Por conta do seu baixo índice glicêmico, ele auxilia no controle do açúcar no sangue — um fator essencial para quem busca reduzir medidas”, afirma Sabina.
Outros benefícios do grão para a saúde geral do organismo
Em termos nutricionais, 100 gramas de feijão cozido oferecem, em média, de 6 a 8 gramas de proteína; 14 a 16 gramas de carboidratos complexos; 6 a 8 gramas de fibras; e menos de 1 grama de gordura. Além disso, ele é fonte de minerais como magnésio, potássio, zinco e ácido fólico.
Quando consumido regularmente, o grão também favorece a saúde intestinal, já que suas fibras servem de alimento para as bactérias benéficas da microbiota. “Por conter magnésio e cálcio, ele apoia a saúde óssea. Já o ferro de origem vegetal ajuda na prevenção da anemia. Para aumentar a absorção do mineral, vale combiná-lo com fontes de vitamina C, como laranja ou limão”, orienta.
Saiba quem deve evitar o alimento
Embora o feijão faça parte da cultura brasileira, a nutricionista alerta que nem todos podem consumir o grão livremente. Segundo Sabina, pessoas com doença renal avançada, por exemplo, precisam restringir o consumo do alimento devido ao teor de potássio e fósforo.
“Tenho uma paciente vegetariana com apenas 15% da função renal. No caso dela, não incluímos o feijão justamente porque os rins já não conseguem filtrar adequadamente esses minerais, e o acúmulo no sangue pode gerar complicações sérias”, explica Sabina.
Além disso, a profissional adverte que o excesso de potássio presente no alimento pode levar à hipercalemia, que é perigosa para o coração. Já a presença de fósforo em excesso também pode prejudicar o equilíbrio mineral e ósseo de alguns pacientes.
Nessas situações, Sabina sugere substituições seguras para garantir o aporte de proteínas vegetais sem sobrecarregar os rins. “Podemos incluir claras de ovo, que são proteína pura e praticamente isentas de potássio e fósforo, tofu bem drenado ou shakes de proteína vegetal filtrada, como de arroz ou ervilha, formulados para baixo teor desses minerais”, indica.
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