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    Grupo especializado em golpes contra idosos lucra R$ 7 mi em um ano

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    Policiais civis da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) prenderam três integrantes de uma quadrilha interestadual altamente organizada, especializada em aplicar golpes financeiros em idosos. O esquema movimentava cerca de R$ 7 milhões por ano.

    A operação, realizada em São Paulo, também cumpriu mandados de busca e apreensão contra outros dois suspeitos envolvidos no esquema.

    Mais detalhes do caso: 

    • Segundo a investigação, o grupo, originário de São Paulo, atuava de forma itinerante, viajando semanalmente para diferentes capitais brasileiras para aplicar os golpes.
    • De acordo com a Corpatri, a quadrilha adotava um modus operandi padronizado e altamente lucrativo.
    • A cada “temporada” de atuação em uma cidade, o grupo arrecadava, em média, R$ 150 mil — o que gerava uma receita mensal de aproximadamente R$ 600 mil.

    Ação criminosa

    O foco das ações criminosas eram caixas eletrônicos instalados em estabelecimentos comerciais, como shoppings e supermercados.

    Os golpistas abordavam idosos com o pretexto de ajudá-los em supostas “atualizações de chip” ou “pendências bancárias”.

    Durante a falsa assistência, substituíam o cartão da vítima por outro — inválido ou cancelado — e captavam senhas e dados bancários, sem levantar suspeitas.

    Veja imagens:

    9 imagensGolpe em abril, em um shopping no DFO mesmo golpista tentando ajudar a vítimaMomento em que ele coloca um cartão igual ao da vítimaDois investigadosGolpistas em um supermercado no DFFechar modal.1 de 9

    O golpista mexendo no celular enquanto analisa a vítima

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    Golpe em abril, em um shopping no DF

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    O mesmo golpista tentando ajudar a vítima

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    Momento em que ele coloca um cartão igual ao da vítima

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    Dois investigados

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    Golpistas em um supermercado no DF

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    O outro estelionatário indo no caixa eletrônico após o idoso sair

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    Golpe em outro idoso, em outro supermercado no DF

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    Momento em que o golpista ajuda o idoso

    Imagem obtida pelo Metrópoles

    Após a troca dos cartões, os criminosos realizavam transações fraudulentas de duas maneiras principais: compras de alto valor em estabelecimentos, usando as funções crédito e débito dos cartões subtraídos, e pagamento de boletos bancários em casas lotéricas.

    Esses boletos eram emitidos em nome de “conteiros”, indivíduos que cediam suas contas para receber os valores desviados, em troca de uma porcentagem.

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    Atuação no DF causou prejuízo de R$ 500 mil

    No Distrito Federal, a quadrilha atuou em três períodos distintos ao longo de 2025: de 2 a 4 de abril, de 5 a 7 de maio e de 10 a 12 de junho. Ao todo, foram registradas 19 ocorrências policiais, com prejuízos estimados em cerca de R$ 500 mil para as vítimas.

    A PCDF ressalta que a quadrilha demonstrava um alto nível de organização e especialização, aproveitando-se da vulnerabilidade de pessoas idosas para cometer os crimes.

    Os três investigados responderão por associação criminosa e furto qualificado (seis vezes). Se condenados, podem pegar até 16 anos de prisão.