A diferença é simples, mas marcante: em 1992, liderada pelo então ministro da Justiça, Célio Borja, uma parte do ministério autodenominou-se “Ministério Ético” (a saber: o próprio Borja; Marcílio Marques Moreira, da Economia; Adib Jatene, da Saúde; Mário César Flores, da Marinha e Hélio Jaguaribe, das Relações Exteriores) e tratou de proteger o Estado e a máquina pública da chamada República de Alagoas e de seus próceres: Fernando Collor e Paulo César Farias.
Agora, com o mensalão do PT pegando fogo, é o presidente da República quem parece empenhado em separar o Estado e a máquina pública das fatias apodrecidas do governo e do Congresso. Faz isso com atraso, é verdade, mas reside aí uma diferença que não é sutil. É substancial.
(Publicado aqui em 4 de agosto de 2005)