Capazes de atuar como vetores mecânicos de bactérias e fungos, as baratas são insetos com alta capacidade de proliferação. Quando encontram um ambiente propício para sobrevivência, eles podem se multiplicar de forma acelerada, iniciando uma infestação na residência. Apesar de ser um movimento sorrateiro, existem formas de descobrir se elas já montaram um ninho em casa.
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Ambiente úmidos, quentes ou mesmo escuros são “perfeitos” para as baratas, especialmente se houver a presença de alimento. Segundo a bióloga Nathalia Coelho, elas se reproduzem por meio de estruturas chamadas de ootecas, cápsulas contendo vários ovos. O comum é que as baratas-americanas coloquem cerca de 12 a 16 ovos por ooteca, enquanto a barata-alemã é capaz de gerar até 250 filhotes ao longo da vida.
Em poucos dias, os ovos eclodem e liberam ninfas. Elas, por sua vez, amadurecem e dão continuidade ao ciclo de proliferação. Algumas espécies ainda são capazes de se reproduzir sem acasalar, armazenando o esperma por um longo período de vida.
Veja os sinais de que a sua casa está com ninhos de baratas:
- Pó de café ou pimenta preta: as fezes dessa praga podem ter uma aparência muito similar à esses dois alimentos, e normalmente aparece em cantos ou frestas;
- Presença de ootecas (cápsulas de ovos): Coelho descreve que as ootecas são pequenas estruturas marrons, parecidas com uma cápsula, que podem ser encontradas em fendas ou atrás de móveis;
- Odores: sim, o cheiro de barata é um sinal evidente da presença desse inseto em casa. O forte odor é causado por feromônios liberados pela praga;
- Na luz do dia: esses insetos costumam aparecer com maior recorrência à noite, por isso, se elas estão aparecendo durante o dia, é um sinal de uma grande infestação;
- Restos do corpo: as fezes não são o único vestígio da presença das baratas em casa; elas ainda deixam para trás partes de si. “Casquinhas ou partes de corpo (exúvias), deixadas após a muda das ninfas”, adiciona Coelho.
Entre os lugares mais comuns de esconderijo das baratas estão as geladeiras, os fogões e os micro-ondas, especialmente por serem locais mais escuros e quentes. Entre os exemplos descritos por Coelho, surgem ainda os armários e pias – onde elas se escondem embaixo – ou mesmo ralos, caixas de gordura e encanamentos.
Baratas, não! Como resolver o problema
De acordo com o biólogo Atílio Sersun Calefi, a principal medida é eliminar as fontes de sobrevivência da barata. As embalagens devem ser mantidas bem fechadas e as paredes da cozinha, em especial as que ficam próximas ao fogão, precisam ser mantidas limpas e sem gordura.
As fontes de umidade também precisam ser eliminadas. O biólogo indica vedar os pontos de acesso, como ralos e frestas, utilizando telas para impedir que elas entrem e se abriguem. “É fundamental realizar limpezas profundas periodicamente, retirando todos os itens dos armários da cozinha e do banheiro”, orienta o professor da Universidade Cruzeiro do Sul.