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Justiça autoriza quebra de sigilo telefônico de homem que matou gari

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Justiça autoriza quebra de sigilo telefônico de homem que matou gari

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, com um tiro, durante uma briga de trânsito enquanto a vítima trabalhava na coleta de lixo em Belo Horizonte (MG), teve a quebra de sigilo dos dados telefônicos e telemáticos autorizada pela Justiça de Minas Gerais.

A decisão atende a um pedido da Polícia Civil e foi proferida na noite dessa quinta-feira (14/8). Segundo a corporação, o objetivo é verificar registros de chamadas, conversas por aplicativos, localização e arquivos armazenados na nuvem que possam ajudar a esclarecer o caso.

As operadoras e empresas de tecnologia intimadas têm até 15 dias para enviar as informações diretamente à polícia.

A Justiça também autorizou perícia nas armas registradas no nome da delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa do empresário.

Gari morto a tiros

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Foto de Renê preso

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Material cedido ao Metrópoles3 de 10

Frio, empresário cita roupa na morte de gari: “Usava calça da Diesel”

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Suspeito de matar gari diz que foi constrangido por agentes Covarde

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Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos

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Delegada Ana Paula Balbino Nogueira

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Laudemir de Souza Fernandes

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Renê ao lado da esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira

Reprodução/ Redes sociais

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Empresário nega o crime

Em depoimento, Renê negou o crime e afirmou que as armas encontradas em sua residência pertencem à mulher. Ele não possui autorização para posse ou porte de armas. O inquérito segue em andamento.

O empresário passou por audiência de custódia na última quarta-feira (13/8) e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após representação do Ministério Público. Um vídeo mostra a reação dele ao descobrir que continuará preso.

Na gravação, o empresário inclina a cabeça para baixo e apresenta semblante abatido ao receber a notícia. Em seguida, ele é levado embora algemado.

“[Tendo em vista] todo esse contexto, gravidade concreta dos fatos, reiteração delitiva do agente eu acolho, por garantia da ordem pública, eu acolho integralmente o parecer ministerial e converto seu flagrante em prisão preventiva”, concluiu o juiz Leonardo Damasceno.

No mesmo dia, o suspeito, que estava no Ceresp Gameleira, foi transferido para o Presídio de Caeté, na Grande BH.

A defesa chegou a pedir o relaxamento da decisão da Justiça, argumentando que não havia indícios suficientes para manter a determinação de prisão.

Os advogados destacaram que o acusado é réu primário, possui bons antecedentes e residência fixa. Além disso, a defesa de Renê pediu que o caso fosse colocado sob sigilo, mas a Justiça não atendeu à solicitação.

“Perseguição ininterrupta”

No entanto, o juiz não acolheu os argumentos. O magistrado alegou haver elementos suficientes para manter a prisão, como “perseguição ininterrupta” da polícia, identificação do veículo e reconhecimento de testemunhas. O magistrado também afirmou que se trata de um crime hediondo e que é necessário punição.

O juiz disse ainda considerar a personalidade de Renê “violenta” e “desequilibrada”. Ele apontou que o suspeito se sentiu confortável em ir treinar em academia após atirar e matar Laudemir.

“Ao que tudo indica, ele foi pra academia… quer dizer, comete um crime e vai treinar numa academia? Situação que merece apuração sobre a personalidade do agente”, afirmou o juiz Leonardo Damasceno, da Central de Audiência de Custódia de Belo Horizonte.

 

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