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    Lula conversa com Macron sobre tarifaço, COP e acordo Mercosul-UE

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    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron, na manhã desta quarta-feira (20/8), sobre o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a exportações brasileiras, entre outros temas.

    Segundo comunicado divulgado pelo Palácio do Planalto, o petista “repudiou o uso político de tarifas comerciais contra o Brasil”. O chefe do Planalto ainda apresentou ao líder francês as medidas propostas pelo governo em resposta à sobretaxa de 50% que atingiu empresas brasileiras.

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    “Também informou o presidente Macron do recurso que o Brasil apresentou à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as injustificadas tarifas norte-americanas. Mesmo sem reconhecer a legitimidade de instrumentos unilaterais usados pelos Estados Unidos, como a Seção 301, o presidente Lula comentou sobre os esclarecimentos apresentados por seu governo”, diz a nota.

    Sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, Lula e Macron se comprometeram a manter diálogo com o objetivo de concluir o pacto.

    Outro assunto abordado foi a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA). Macron confirmou a Lula a participação no evento.

    “No que se refere ao enfrentamento da mudança do clima, Lula afirmou que a COP30 será a COP da verdade, em que ficará claro quais países acreditam na ciência. O presidente Lula destacou a ambição das metas nacionalmente determinadas apresentadas pelo Brasil e realçou a importância de que a União Europeia e seus membros apresentem metas à altura do desafio que o planeta enfrenta”, informa o Planalto.

    Além disso, as negociações sobre paz na Ucrânia foi assunto na ligação, que durou cerca de uma hora. “O presidente Macron elogiou o papel do Grupo de Amigos da Paz, liderado por Brasil e China. Os dois presidentes acordaram continuar diálogo sobre o conflito. O presidente Lula demonstrou preocupação com o aumento dos gastos militares no mundo, enquanto cerca de 700 milhões de pessoas ainda passam fome”, explica.