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Lula provoca Eduardo: “Filho meu não chorou pelos cantos”

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Lula provoca Eduardo: “Filho meu não chorou pelos cantos”

Ao discursar num evento sobre investimentos do governo federal em Roraima, na noite desta sexta-feira (8/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar está nos Estados Unidos articulando sanções do governo Donald Trump, para tentar encerrar processos contra o pai no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eduardo deve ser cassado pela Câmara. Veja se viram algum filho meu chorando pelos cantos quando fui preso? Algum filho meu na Bolívia pedindo para [o presidente Luis] Arce invadir o Brasil? Porque ensinei meus filhos a ter vergonha na cara e a respeitar o país”, disse Lula. Ele se referiu ao período em que esteve preso por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, entre abril de 2018 e novembro de 2019, no contexto da Lava Jato.

A condenação de Lula foi anulada pelo STF em março de 2021, declarando incompetência da Justiça Federal do Paraná. O juiz que condenou o petista, Sergio Moro, se tornou ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro em 2019. Hoje, o ex-magistrado é senador pelo União Brasil.

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Bolsonaro é alvo de investigações no STF sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado e também sobre uma articulação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou sanções a produtos brasileiros para tentar pressionar a Corte a abandonar os processos contra Bolsonaro. Eduardo está desde fevereiro em Washington.

“Não é a oposição que está dizendo. São os asseclas dele que delataram ele, é o ajudante de ordens dele. Ao invés de ficar choramingando pelos cantos, ‘ah, estou doente’… Seja homem, crie vergonha! Responda pelo que você fez, não fique chorando. Não teve coragem de passar a faixa pra mim, foi embora”, disse Lula no mesmo evento.

Ao falar sobre o assecla, o mandatário se referiu ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Foi o militar que, em delação premiada, apontou os caminhos para a investigação encontrar materiais que corroborassem a existência da suposta tentativa de golpe de Estado, deflagrada ante a derrota do então presidente na tentativa de reeleição em 2022.

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