O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou, neste domingo (3/8), a decisão de vetar integralmente o projeto de lei que ampliava o número de deputados de 513 para 531. Durante discurso no encontro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), o chefe do Planalto defendeu a redistribuição das vagas por estado.
“Alguns companheiros do PT não queriam que eu vetasse esse aumento de deputados na Câmara. E eu vetei porque não é disso que o Brasil está precisando”, explicou o presidente.
“Se tem que mudar para se adequar a pesquisa do IBGE, dentro dos 513, a gente tem que adequar. Um estado vai perder, outro vai ganhar. Qual é o problema? Eu vetei e o Congresso tem direito de derrubar meu veto. Vamos ver o que vai acontecer”, acrescentou.
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No discurso, Lula também falou sobre a relação com o Congresso Nacional e pediu à militância petista engajamento para eleger mais representantes no parlamento.
“Senadores, de 81, o PT só elegeu 9. Essa ressonância magnética política é que norteia as ações do governo. Quando tenho que mandar uma MP, um projeto de lei, tenho que mandar sabendo o meu número de votos. Se depender só de nós, a gente não aprova nada. A arte da politica é que é importante você convencer quem não pensa igual a gente a votar nas coisas que nós mandamos”, disse o presidente.
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“Precisamos, agora, fazer uma eleição em 2026 e eleger uma maioria de senadores. Temos que prestar atenção nisso. Eles [oposição] já têm 25 senadores. Se eles elegerem 17, eles vão pra 41 e vão fazer maioria no Senado”, alertou.
Sobre a possibilidade de disputar a reeleição, o chefe do Planalto afirmou que, caso concorra, será “candidato para ganhar as eleições”.
“Hoje, eu me sinto mais saudável do que quando tinha 60, 65 anos. Me cuido mais, tenho uma mulher que me cuida muito. Eu estou preparado para dizer para vocês e quero que os adversários saibam: se eu for candidato, eu não vou disputar, eu vou ser candidato para ganhar as eleições”, frisou.