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    Médica diz que foi espancada por ex-namorado por ciúmes de amigo gay

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    A médica Samira Khouri, de 27 anos, que foi espancada pelo ex-namorado Pedro Camilo Garcia, 24, afirmou que a violência aconteceu porque o homem sentiu ciúmes de um amigo gay dela. As agressões aconteceram no dia 20 de julho em LGBTQIA+ de Moema, em São Paulo, embora o ex-casal morasse em Santos. Eles comemoravam o aniversário da vítima.

    Em entrevista ao Fantástico, a mulher contou que Pedro ficou com ciúmes após ver Samira conversando com o único homem solteiro do grupo que eles tinham acabado de conhecer no local. O homem chegou a avisar três vezes que era gay e que não estava interessado na médica, o que não foi suficiente para conter os ânimos de Pedro, que é fisiculturista, e acabou sendo expulso da festa.

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    Samira voltou sozinha para o apartamento. As agressões contra ela começaram quando Pedro chegou.

    Ocorrência:

    • A Polícia Militar foi acionada por um vizinho do apartamento, que informou barulhos de briga.
    • No local, os agentes tocaram a campainha, mas não obtiveram resposta. Contudo, perceberam um ruído compatível com respiração ofegante vindo do interior do apartamento.
    • Os policiais, então, abriram a porta e encontraram a vítima caída perto da entrada, inconsciente, ferida e com o rosto ensanguentado.
    • O apartamento estava desordenado e com diversas manchas de sangue.

    Médica agredida

    A médica recebeu alta hospitalar no dia 27 de julho após ter ficado 13 dias internada e passado por cirurgias de reconstrução da face, que foi destruída durante a agressão praticada por Pedro Camilo. A vítima segue em recuperação e está sob cuidados médicos e emocionais.

    Um laudo médico apontou que a vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto, principalmente do lado esquerdo da face, e fraturas no nariz, com destaque para o desalinhamento entre os fragmentos ósseos e obliteração de parte das cavidades paranasais presumivelmente pela presença de sangue.

    Agressor segue preso

    A Justiça de São Paulo negou, no dia 13 de agosto, o pedido de habeas corpus feito por Pedro Camilo Garcia Castro.

    Com a decisão, o agressor segue preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de São Vicente, litoral paulista. No início deste mês, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu uma denúncia contra ele pelo crime de tentativa de feminicídio, com emprego de meio cruel e por motivo fútil, praticado no contexto de violência doméstica e familiar.