Depois de o governo dos Estados Unidos aumentar a recompensa pela prisão de Nicolás Maduro, o fundador do grupo de mercenários Blackwater, Erik Prince, sugeriu assassinar o presidente da Venezuela. A ameaça aconteceu na quinta-feira (7/8).
Recompensa por Maduro
- Os EUA são um dos principais alvos das declarações polêmicas de Nicolás Maduro.
- A legitimidade do governo de Maduro é questionada por grande parte da comunidade internacional, pois muitos países enxergam fraude eleitoral nas últimas eleições realizadas na Venezuela.
- Assim como seu antecessor, Trump reconhece o opositor Edmundo González como o verdadeiro vencedor do pleito venezuelano.
- Maduro é acusado pelos EUA de ser chefe de cartel e ter ligações diretas com a entrada de drogas no país. Por isso, o governo norte-americano oferece US$ 50 milhões por informações que possam levar a captura do presidente da Venezuela.
A recompensa de US$ 50 milhões pelo presidente chavista deveria ser por Maduro “vivo ou morto”, disse Prince em resposta ao anúncio do governo norte-americano.
Desde a polêmica “vitória” do atual presidente venezuelano nas últimas eleições, o líder mercenário disse estar “de olho” em Maduro. Em setembro de 2024, Prince lançou uma ação chamada Ya Casi Venezuela (Quase lá Venezuela), e prometeu cumprir a “vontade do povo venezuelano”.
Até o momento, contudo, a iniciativa tem apenas recolhido doações financeiras por meio de uma vaquinha on-line, sem deixar claro o que deve acontecer.
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Prince é um ex-oficial da Marinha dos EUA e ganhou visibilidade no início dos anos 2000, após fundar a Blackwater. A empresa de mercenários presta diversos serviços ao governo norte-americano no exterior e ganhou notoriedade em 2007.
Na época, os soldados da Blackwater assassinaram 17 civis na guerra do Iraque, no episódio que ficou conhecido como massacre da Praça Nisour. Prince chegou a atuar na transição presidencial de Trump em 2017, ao lado do ex-conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn.
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Em seu primeiro mandato, o atual presidente dos EUA concedeu perdão total a quatro mercenários da Blackwater que participaram dos assassinatos de civis iraquianos em 2007. O empresário do vendeu a empresa anos depois, mas manteve a atuação no mundo da segurança privada.
Recentemente, Prince aumentou sua presença na América Latina, e mantém contatos com os governos de El Salvador, Equador e Peru.