A PEC do fim do foro privilegiado — negociada como parte do acordo entre bolsonaristas e Centrão para encerrar a ocupação no plenário da Câmara — teve apoio maciço do PT durante sua votação no Senado.
De autoria do então senador Alvaro Dias (Podemos-PR), a proposta foi aprovada no plenário do Senado em 2017 de forma quase unânime, com apoio, inclusive, de influentes caciques petistas.
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Mesa Diretora da Câmara dos Deputados com movimentação de parlamentares
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Plenário da Câmara dos Deputados
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Deputados na Mesa Diretora da Câmara
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Câmara dos Deputados: plenário
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Na ocasião, por exemplo, votaram de forma favorável ao texto — que retiraria do STF casos envolvendo deputados e senadores — ministros petistas de Lula, como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
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Além dela, também votou a favor a então senadora e hoje ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB-MS). O atual líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), também era senador e votou favoravelmente.
Atualmente deputado federal, Lindberg encampa o movimento de oposição à PEC, ao lado de outros petistas. O temor é de que ela seja usada para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Somos contra essa PEC do Foro porque ela nasce da pior forma possível: numa negociação espúria, às escondidas, fruto da pressão de quem fez chantagem para garantir a impunidade. Trata-se de uma aliança entre bolsonaristas desesperados e um trem da alegria para proteger deputados”, disse Lindbergh.
Votação tranquila
Além dos ministros de Lula e do atual líder do PT na Câmara, a PEC do fim do foro contou com votos de petistas que continuam no Senado. Entre eles, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Marta Suplicy, que voltou ao PT para participar das eleições de 2024 como candidata a vice-prefeita de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, também era senadora e apoiou o projeto.
O atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por sua vez, não compareceu à sessão em 2017 e não registrou seu voto favorável ou contra a PEC do fim do foro privilegiado.