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    Mulher desvia R$ 560 mil de empresa para bancar vida de luxo

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    A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) prendeu uma mulher de 45 anos acusada de fraudar boletos e desviar cerca de R$ 560 mil da empresa onde trabalhava. A prisão ocorreu durante a Operação Mundo Pequeno, deflagrada pelo 3º Distrito Policial de Vitória, e foi detalhada em coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira (21/8).

    Segundo as investigações, a suspeita, ex-funcionária da empresa, alterava boletos de impostos e despesas, simulando pagamentos que, na realidade, nunca eram quitados. Para enganar os proprietários, ela inseria os nomes dos donos como se os pagamentos estivessem em dia, enquanto desviava os valores.

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    Quebra de confiança

    O esquema durou cerca de dez meses e só foi descoberto quando a empresa começou a receber notificações de impostos em atraso. De acordo com o delegado Diego Bermond, titular do 3º DP, os proprietários confrontaram a ex-funcionária, mas ela faltou à reunião marcada para prestar esclarecimentos, levantando suspeitas.

    “A investigada era responsável pela administração dos pagamentos. Quando os donos foram notificados, marcaram uma reunião com ela, mas a suspeita não compareceu. A partir daí, recorreram à contabilidade da empresa e identificaram os valores ilícitos”, afirmou o delegado.

    A mulher trabalhava na empresa há sete anos e era considerada figura de confiança. Os proprietários chegaram a conceder uma bolsa de estudos ao filho dela. Apesar disso, em menos de um ano, subtraiu R$ 559 mil e causou R$ 167 mil em multas e juros por impostos não pagos.

    Vida de luxo

    As investigações apontam que, após deixar a cidade de Cariacica, a suspeita mudou-se para um bairro nobre de Vila Velha, onde levava um padrão de vida incompatível com seus rendimentos.

    Ela comprou um carro importado, fazia viagens frequentes para Domingos Martins e tinha gastos mensais de aproximadamente R$ 15 mil no cartão de crédito, além de R$ 1,8 mil em plano de saúde e R$ 1 mil de condomínio.

    “Na nossa visão, essa conta não fecha. Em dez meses, esses valores totalizaram cerca de R$ 250 mil, restando mais de R$ 300 mil sem justificativa. Acreditamos que a suspeita ainda esteja em posse dessa quantia e aguardamos a quebra do sigilo financeiro para rastrear o destino do dinheiro”, destacou Bermond.

    Durante o interrogatório, a mulher confessou o crime e admitiu ter recebido os valores de forma ilícita. A polícia segue investigando para localizar os recursos desviados e verificar se houve participação de terceiros.