Ex-engenheiro militar, ex-capitão do Exército, Tarcísio de Freitas, filiado ao partido Republicanos da Igreja Universal do Reino de Deus, nunca ouviu falar em golpe de Estado enquanto fazia parte do governo Bolsonaro como ministro da Infraestrutura. Depois que se elegeu governador de São Paulo no final de 2022, tampouco ouviu falar.
Mais tarde, quando começou a ouvir, concluiu que não houve golpe, sequer uma tentativa, e que o 8 de janeiro de 2023 não passou de um domingo ensolarado no parque de Brasília – no máximo, um ato de baderna dos acampados à porta dos quartéis que pediam intervenção militar para impedir a posse do presidente recém-eleito.
Todas as provas colhidas desde então pela Polícia Federal contra Bolsonaro e os demais golpistas não foram suficientes até hoje para convencer Tarcísio do contrário. Ele simplesmente acha, como declarou no fim de semana, que “tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”. Ou seja: sem razão, descabido.
Caso os golpistas acabem condenados no julgamento que terá início depois de amanhã (3/9), será porque não há Justiça no Brasil. Se há Justiça, ela errou. E se Tarcísio se eleger presidente da República em 2026, seu primeiro ato de governo será perdoar a pena aplicada a Bolsonaro. É o que ele promete e voltou a anunciar:
“Na hora. Primeiro ato.”
Lembre-se disso antes de votar nas próximas eleições.
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