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O fim da baderna bolsonarista e o impeachment de Moraes no Senado

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O fim da baderna bolsonarista e o impeachment de Moraes no Senado

As razões da trégua. O acordo do centrão com o bolsonarismo inclui a PEC das Prerrogativas, que restringe a prisão em flagrante de parlamentar a crimes inafiançáveis e a aprovação da mudança do foro privilegiado do STF para a instância inferior. A anistia não será pautada no momento.

Meu pirão acima de tudo. O texto que acaba com o foro por prerrogativa de função será tratado como prioridade. O fim do foro privilegiado não só beneficiará Bolsonaro, mas sobretudo os deputados que estão sob investigação no STF por suspeitas de desvio de emendas parlamentares.

Os louros a Lira? Na maioria dos casos, ao deixar a presidência da Câmara, o deputado abraça o ostracismo. Arlindo Chinaglia, Rodrigo Maia são exemplos. Temer é exceção. Parece que Arthur Lira será outra. Elegeu seu escolhido para chefiar a Casa e, quando a baderna bolsonarista batia o pé e mantinha a obstrução dos trabalhos, foi chamado para liderar as negociações. Junto com outros líderes do Centrão resolveu o imbróglio.

É hora de panos quentes.  Líderes partidários avaliam que deputados bolsonaristas não devem ser punidos. Apostam que Hugo Motta deseja baixar a temperatura da Casa após o fim da obstrução.

Não é nada disso, quem manda sou eu. Ao chegar à Câmara no fim da manhã, Motta afirmou: “A presidência da Câmara é inegociável. A negociação feita por esta presidência não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição nem com o governo nem com absolutamente ninguém.”

A união, quer dizer, a prisão faz a força. Apesar das manifestações de apoio ao ministro Alexandre de Moraes, governistas admitem que a prisão domiciliar de Bolsonaro motivou o reagrupamento da direita, justo quando a maré do tarifaço isolava o bolsonarismo. O encarceramento do ex-presidente  em um condomínio de luxo aproximou centristas eminentes como Gilberto Kassab.

O show de horrores acabou?. Mesmo após recuo na Câmara, a oposição manteve a ocupação no Senado até hoje pela manhã. Davi Alcolumbre convocou uma sessão virtual para às 11 horas desta quinta-feira e ameaçou a suspensão de mandatos dos parlamentares. O senador Rogério Marinho (PL-RN) anunciou um acordo para encerrar a obstrução após uma sinalização de que suas demandas serão apreciadas em breve.

Não acabou. Oposição alcança as 41 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes no Senado Federal. Para que o impedimento se concretize, Alcolumbre precisa iniciar o processo. São necessários 54 senadores, dois terços do total de 81 cadeiras, para a aprovação da proposta.

A escalada contra os Brics continua. A balança comercial é a última preocupação de Donald Trump. Primeiro o tarifaço ameaçando o Judiciário brasileiro. Ontem, aumentou de 25%  para 50% as taxas da Índia. Hoje, Trump disse que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia. Enquanto Trump ameaça,  Lula vai falar sobre o assunto com Narendra Modi, premiê da Índia nesta quinta e depois quer conversar com Xi Jinping. Rússia e Índia falam em ‘parceria estratégica’ após medidas dos EUA.

Miau-Miau. A PF faz operação envolvendo influencers e o Jogo do Tigrinho. Relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras apontaram movimentações que ultrapassam R$ 4 bilhões. Há indícios de lavagem de dinheiro, estelionato, publicidade enganosa e crime contra a economia popular.

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