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    ​O Papel do Congresso e a Política de Narrativas no Brasil

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    O cientista político Hussein Kalout oferece uma análise crítica sobre o comportamento dos parlamentares brasileiros, sugerindo que a “política do ridículo” se tornou a tônica no Congresso. Sua avaliação aponta para uma preocupante perda de decoro e uma atuação que prioriza a obstrução e o conflito em detrimento do trabalho legislativo. Questiona, portanto, a eficácia de manobras políticas que não trazem benefícios concretos para a população.

    ​Kalout ressalta que, ao final dos recentes embates, como a tentativa de forçar pautar a anistia através de um motim, por exemplo, não há vencedores:

    “Quem perde é o Brasil, quem perde é o cidadão que não vê nada de prático que foi ganho para melhorar a vida dele”

    Essa percepção é corroborada pela falta de avanço em pautas econômicas e sociais, enquanto o debate público se concentra em narrativas polarizadas que, segundo ele, só interessam aos fanáticos que estão desconectados da realidade.

    ​A discussão sobre o fim do foro privilegiado e a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro é vista pelo cientista político como um teatro político.

    Ele argumenta que os parlamentares não têm interesse real em eliminar o foro, por ser um instrumento de proteção pessoal, e que a anistia é uma pauta complexa, rejeitada por parte da própria direita tradicional, que não quer se associar ao “golpismo” e busca recuperar o poder.

    ​Assista à análise completa de Hussein Kalout no vídeo: