Famosa no mundo fitness, a creatina é um suplemento que atua na renovação energética. Estudos mostram que ela pode trazer muitos benefícios para o organismo, que vão além do auxílio na renovação muscular.
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O nutricionista Guilherme Falcão explica que, quando gastam energia, como na prática de exercícios físicos, as células consomem moléculas de Trifosfato de Adenosina (ATP) muito rapidamente. A creatina, elemento que o corpo produz naturalmente, tem o papel de repor a ATP nas células, propriedade que favorece o fortalecimento muscular.
“Toda vez que esse ATP é gasto, tanto na contração muscular ou outras ações fisiológicas, você perde uma molécula de fosfato e a creatina entra nesse contexto fazendo uma ‘resíntese’. Ou seja, favorece essa renovação energética.”
O expert acrescenta que, metabolicamente, essa é a sua função, independentemente de onde seja o tecido ou célula do corpo. Por essa característica, além de atuar como suplementação para a prática de atividades físicas, melhorando a tolerância ao esforço máximo muscular, ela pode trazer benefícios para outras áreas do organismo.
Estudos recentes sobre os efeitos do uso da creatina no cérebro, que se iniciaram há cerca de 10 anos e se intensificaram há cinco, demonstram que a creatina pode atuar também na reposição de energia nas células cerebrais.
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Tarefas cognitivas são responsáveis por um alto gasto de energia, ou seja, de ATP, e de forma natural, as moléculas de fosfocreatina do organismo repõem essa perda, assim como ocorre nos músculos. Sendo assim, os estudos, ainda muito recentes e pouco conclusivos, apontam para uma possibilidade de que, ao fazer a suplementação com creatina, seria possível aumentar a disponibilidade de energia para a atividade neural.
No entanto, Guilherme afirma que esse uso ainda é controverso, principalmente porque os modelos de estudo atuais não são muito homogêneos. “Cada pesquisa conduz o seu ensaio clínico de uma forma diferente. Acaba que os resultados também podem ser diferentes”, explica.
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Ele defende que isso não quer dizer que a premissa não tenha embasamento, e sim que a ciência precisa de mais tempo e estudos robustos para demonstrar com clareza os reais efeitos dessa suplementação na saúde neurológica.
Entre os elementos dos estudos que podem causar questionamento, Guilherme destaca a inclusão de grupos de teste que fazem exercícios e os que não fazem. “Quando incluem o exercício, é difícil isolar os efeitos na cognição. O que está melhorando? Os efeitos do exercício e o que é produzido por eles, que são as exercinas, ou é o suplemento?”, questiona.
Benefícios da creatina no cérebro
Algumas das pesquisas demonstram que a creatina pode ser uma aliada da saúde cerebral, mas os resultados ainda precisam de mais estudos e comprovações para serem considerados uma realidade estabelecida.
- Melhora da memória de curto prazo e raciocínio;
- Redução da fadiga mental;
- Auxílio no combate ao estresse.
Por fim, vale destacar que nenhum suplemento alimentar deve fazer parte da rotina sem que, antes, haja uma avaliação médica.