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O sol volta a brilhar sobre o Congresso. Sem anistia para Bolsonaro

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O sol volta a brilhar sobre o Congresso. Sem anistia para Bolsonaro

Uma péssima notícia para os golpistas que estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal, e também para os órfãos disfarçados ou sem disfarce da ditadura militar de 64.

Pesquisa Datafolha encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil mostra que a democracia continua sendo a melhor forma de governo para a grande maioria dos brasileiros.

O apoio ao sistema democrático subiu cinco pontos percentuais em relação ao último estudo realizado pelo instituto em 2024. Não é pouca coisa diante do avanço da extrema-direita no mundo.

Segundo o levantamento, 74% dos entrevistados consideram que o regime democrático “é sempre melhor que qualquer forma de governo”. Para 8%, a ditadura seria melhor.

É o caso de procurar saber se esses 8% já viveram sob uma ditadura ou se dizem preferi-la só por ouvir falar. A de 64 acabou em 15 de março de 1985. A anterior, em 29 de outubro de 1945.

Aos golpistas da arraia miúda de 8 de janeiro de 2023, a justiça propôs libertá-los desde que aceitassem fazer um curso sobre formas de governo. Parte deles recusou e segue presa.

Não deve ter sido por coerência com o que pensam. Vai ver acreditam que uma nova tentativa de golpe ainda seria possível para devolver Bolsonaro e seus cúmplices ao Poder.

Quebraram a cara. Bolsonaro também quebrou a dele. Algemado a uma tornozeleira eletrônica, está em prisão domiciliar há uma semana. Seu estado de saúde inspira cuidados. Fará novos exames.

O curioso é que quanto mais próxima fica sua condenação, maior é o número de aliados dele que procuram ministros do Supremo para interceder a seu favor. Não haverá acordo nem acordão.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes já foram procurados. Negociar o quê? Uma pena mais leve? Para que ele seja perdoado por um presidente de direita que se eleja em 2026?

Muitos dos golpistas que disseram estar apenas a passeio em Brasília no 8 de janeiro foram condenados a 17 anos de prisão. Não faria sentido punir o líder do golpe com pena mais baixa.

Na melhor das hipóteses para Bolsonaro, ele pegará 30 anos de prisão, podendo chegar aos 40. E seu calvário não terá terminado. Responderá por outro crime: atentado à soberania nacional.

Não dá para esquecer que ele pediu ajuda a Donald Trump para não ser condenado. Foi em entrevista ao jornal New York Times. E que com essa missão despachou para os EUA seu filho Eduardo.

Trump o socorreu ao vincular o tarifaço de 50% à imediata paralisação do julgamento de Bolsonaro. Graças a Eduardo, sanções foram aplicadas a ministros do Supremo.

A campanha bolsonarista para desacreditar a justiça brasileira não arrefece nem dá sinais de que irá arrefecer. O Supremo virou saco de pancada nas redes sociais, na imprensa e nas ruas.

O país assistiu na semana passada a mais um episódio de golpe continuado: parlamentares bolsonaristas tentaram impedir a volta ao trabalho da Câmara dos Deputados e do Senado.

Na linha de Trump, vincularam a reabertura das duas Casas à aprovação de uma lei que perdoa Bolsonaro por seus crimes. Perderam a parada. Os partidos do Centrão deram para trás.

 

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