Uma paciente que aguardava atendimento no Pronto-Socorro municipal Dr. Lauro Ribas Braga Santana, localizado na Rua Voluntários da Pátria, 943, em Santana, na zona norte de São Paulo, denunciou um episódio, ocorrido na última terça-feira (12/8), em que se sentiu desassistida e pressionada por funcionários da unidade médica.
Ao Metrópoles, ela contou que havia ido ao pronto-socorro em razão de dores nas costas e falta de ar. Durante a espera, ela notou que um rapaz chegou na unidade e, rapidamente, foi passado na frente de todas as demais pessoas que aguardavam na espera.
A cena gerou incômodo . A mulher decidiu questionar a funcionária do P.S. sobre o motivo da atitude e, como resposta, ouviu que o rapaz teria o atendimento antecipado “porque ele é funcionário público”.
Posteriormente, em virtude da reclamação, a paciente disse que iria gravar a ação com o próprio celular, mas uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM), com três homens e uma mulher, foi acionada para contê-la e, ainda conforme a denúncia, evitar a gravação do vídeo ou solicitar que as imagens fossem apagadas — caso tivessem sido coletadas.
No entanto, segue o relato da mulher, outra funcionária teria oferecido a ela que tivesse o atendimento antecipado, mas a oferta foi recusada. Ela disse que foi atendida depois, mas afirmou ter ficado bastante nervosa e deixado o local abalada. A paciente permaneceu no hospital entre 10h03 e 11h55.
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O que diz a Prefeitura de São Paulo
- Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que direção técnica do Pronto Socorro Municipal Dr. Lauro Ribas Braga (PSM Santana) lamentou o ocorrido.
- Segundo o texto, “as medidas indicadas para o caso estão sendo tomadas e os profissionais, inclusive parceiros da Organização Social de Saúde (OSS) Caminho de Damasco, serão orientados quanto à importância do cumprimento das normas e diretrizes técnicas estabelecidas pela SMS.”
- A SMS esclareceu também que utiliza o Protocolo de Manchester como método de classificação de risco para determinar a prioridade de atendimento aos pacientes, baseado na gravidade do estado de saúde, e este deve ser rigorosamente respeitado.
- “A Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada para comparecer ao Pronto-Socorro, na manhã de terça-feira (12), e de acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU), a ocorrência foi encerrada sem conflitos ou necessidade de condução ao Distrito Policial”, complementou o comunicado.
- Em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não serão divulgados nomes de funcionários, colaboradores e pacientes, de acordo com a pasta.