O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se manifestou nesta quarta-feira (13/8) sobre o anúncio pelos Estados Unidos de que os vistos de dois servidores públicos federais, que atuaram no programa Mais Médicos, serão revogados. Por meio do perfil dele na rede social X, Padilha disse que o programa vai sobreveiver e que a pasta não vai se curvar “a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas pessoas fundamentais para o Mais Médicos”.
“O Mais Médicos, assim como o PIX, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman”, diz o ministro.
Mais adiante, Padilha fez uma defesa do programa realizado pelo governo federal, o qual, diz o ministro da Saúde, teve o número de profissionais dobrados nos últimos dois anos e que é motivo de “muito orgulho”.
“Nesse governo atual, em 2 anos, dobramos a quantidade de médicos no Mais Médicos. Temos muito orgulho de todo esse legado que leva atendimento médico para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso à saúde. Seguiremos firmes em nossas posições: saúde e soberania não se negociam. Sempre estaremos do lado do povo brasileiro”, encerra a postagem.
Os servidores
Os servidores alvo da ofensiva do governo norte-americano são Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. Ambos atuaram no Ministério da Saúde durante o governo da presidente da República, Dilma Rousseff, durante a implementação do programa Mais Médicos.
O anúncio da revogação do visto dos servidores brasileiros nos EUA foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rúbio. Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA já havia anunciado a revogação dos vistos de autoridades dos governos de Cuba e de países da África e da Granada.
O movimento de retaliação é uma resposta direta a programas cubanos que enviam profissionais de saúde para atuarem em outros países, exemplo do Mais Médicos no Brasil.