O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, nessa segunda-feira (25/8), que o Brasil está criando “verdadeiros chiqueiros humanos” de moradores de rua. Pré-candidato a presidente do Brasil, Zema reagiu ao ser questionado sobre declaração anterior, em que comparou pessoas em situação de rua a carros estacionados, que são guinchados.
Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Zema foi questionado sobre declarações em que sugeriu a criação de leis para proibir a permanência de moradores de rua em vias públicas. A pergunta mencionou a “insensibilidade social” por parte do governador.
Ao responder à pergunta, ele afirmou apenas que algumas cidades estão lidando melhor com a situação dos moradores de rua, enquanto outras não.
“A grande maioria dessas pessoas, hoje, é dependente química; pessoas que perderam a noção da realidade. Elas estão vivendo em uma condição deplorável […] E, quando você as convida para ir a uma comunidade terapêutica, que é a solução, apenas uma minoria aceita, porque vê a comunidade terapêutica como algo que vai demandar que passem a ter um horário para dormir e tomar banho todos os dias”, alegou o governador.
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Questionado sobre a declaração de que a solução seria guinchar as pessoas, o governador afirmou que é preciso procurar uma solução para a população e ressaltou que “pessoas não se guincham”.
“Eu tenho 60 anos, isso [pessoas vivendo na rua] não existia no Brasil. Nós estamos criando verdadeiros chiqueiros humanos nas grandes cidades do Brasil por omissão do setor público, que fica só nessa ‘guerrinha’ de perseguir o adversário e esqueceu essas pessoas. Eu tive a coragem de falar sobre esse problema, que ninguém fala”, afirmou Zeman.
Ainda segundo ele, os moradores de rua são “dependentes químicos, pessoas que perderam a noção da realidade”, o que dificulta no tratamento.
O governador apontou também que, durante a pandemia, sua gestão disponibilizou uma estrutura pública do Estado bem no centro de Belo Horizonte, para acolher as pessoas em situação de rua, além de pagar o piso mineiro de assistência social para que as pessoas tenham recursos.