O jornalista e influenciador Paulo Figueiredo, 41 anos, é o entrevistado desta segunda-feira (25/8) no Contexto Metrópoles. Ele será questionado sobre política externa, sanções dos Estados Unidos ao Brasil e os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é um dos principais aliados no exterior.
Quem é Paulo Figueiredo
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho é filho do ex-presidente e general do Exército João Figueiredo (1979-1985), o último do período da ditadura militar.
Com centenas de milhares de seguidores nas redes sociais, Figueiredo vive na Flórida, nos Estados Unidos, e apresenta atualmente um programa diário pela internet, o Paulo Figueiredo Show.
Jornalista e influenciador, ele é um dos personagens centrais da crise diplomática recente entre Brasil e Estados Unidos. Mantém contatos frequentes com autoridades ligadas ao ex-presidente republicano Donald Trump e é um dos aliados mais próximos do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também vive nos EUA.
Em 18 de fevereiro deste ano, Paulo Figueiredo foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Segundo a denúncia, ele teria participado da suposta tentativa de golpe de Estado entre o fim de 2022 e o início de 2023.
De acordo com a PGR, Figueiredo foi escolhido pelo núcleo golpista como uma espécie de porta-voz para difundir mensagens direcionadas aos militares, já que teria respaldo nesse meio. Em uma de suas transmissões ao vivo, chegou a divulgar trechos de uma carta elaborada por chefes militares pró-golpe.
Na denúncia, a PGR afirma que Figueiredo “buscou forjar um cenário de coesão dentro do Exército Brasileiro sobre a necessidade da intervenção armada, retratando os dissidentes como desertores, merecedores de repúdio pessoal e virtual”.
“Aderiu, pois, ao projeto golpista da organização criminosa, do qual tinha ciência prévia, e instrumentalizou a sua condição de comunicador para provocar a cooptação do Alto Comando do Exército ao movimento golpista”, diz outro trecho do documento.
No inquérito mais recente da Polícia Federal sobre coação no curso do processo e obstrução de Justiça, Paulo Figueiredo e o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, não foram indiciados. Ainda assim, permanecem sob investigação, e há a possibilidade de que Figueiredo seja novamente denunciado pela PGR.