Em busca de uma experiência transformada sob duas rodas, o ciclista e aventureiro Carlos Antunes percorreu um roteiro de 242 km pelas serras de Campos dos Goytacazes. Durante três dias, ele explorou a região pedalando por planícies e litoral, revelando as belezas naturais e culturais do norte fluminense.
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Localizada no norte do estado do Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes é conhecida por suas vastas planícies férteis, cenários agrícolas exuberantes e rica história. O nome da cidade deriva da combinação dos “Campos” abertos e da tribo indígena “Goitacazes” que habitava a região. Mais do que uma terra agrária, o território oferece paisagens surpreendentes e desafiadoras para os ciclistas.
Situada entre o litoral atlântico e a Serra do Desengano, Campos apresenta uma multiplicidade geográfica e cultural, que encanta aventureiros em busca de rotas diversificadas e experiências autênticas.
Dia 1: pedalando entre planícies e serras
No primeiro dia, Carlos Antunes percorreu 68 km por estradas de terra e pequenos vilarejos, acumulando 338 metros de subida em 2 horas e 47 minutos. “A cada curva, a paisagem se reinventava: rios sinuosos, pontes simples de madeira, capelas encravadas em povoados e os rostos curiosos dos moradores”, relatou.
Segundo o ciclista, o trajeto mesclou subidas desafiadoras e descidas com vistas cinematográficas, com a Serra do Desengano compondo o horizonte. Para ele, a rota uniu “natureza, cultura e contemplação”, oferecendo uma experiência rara e recompensadora.
Dia 2: do campo ao litoral e à manjubinha
O segundo dia levou o ciclista por 91 km até o litoral, passando por São João da Barra, Gruçaí e Atafona. O aroma do mar anunciava a chegada à costa, onde pescadores, barcos e o som das ondas compõem um cenário único.
“Chegar à costa foi como abrir uma janela para outra versão da região”, disse Carlos. O dia terminou com a tradicional manjubinha frita acompanhada de cerveja gelada, que ele definiu como “uma celebração da diversidade que Campos oferece”.
Dia 3: educação e belezas nas serras
No último dia, Carlos seguiu até Morangaba por trilhas serranas que cruzam aldeias preservadas. Ele destacou a presença constante de escolas e a dedicação das comunidades à educação, mesmo nas localidades mais remotas.
“Vi crianças indo para aula, professores preparando atividades e veículos escolares transportando alunos. A educação resiste com dignidade”, afirmou.
O trajeto revelou ainda paisagens impressionantes, com árvores centenárias, capelinhas escondidas e cachoeiras discretas, embalada pelo som dos pássaros.
Três dias de bike por Campos dos Goytacazes
Imagem cedida ao Metrópoles
Três dias de bike por Campos dos Goytacazes
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Três dias de bike por Campos dos Goytacazes
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Dicas para quem quer explorar Campos sobre duas rodas
Campos dos Goytacazes conta com aeroporto próprio, o Bartolomeu Lisandro, além de acessos pela BR-101 e linha ferroviária que liga a cidade ao Rio de Janeiro. A melhor época para pedalar, segundo o ciclista, é entre maio e agosto, quando o clima é seco e as temperaturas amenas. As médias variam entre 20°C e 33°C, com a brisa da serra e do litoral aliviando o calor.
Para enfrentar as trilhas, Carlos recomenda mountain bikes com amortecimento eficiente, kit de ferramentas, protetor solar, repelente e bastante água.
Uma rota que revela o coração de Campos
Ao percorrer 242 km em três dias, Carlos Antunes ressaltou que a bicicleta foi uma ponte entre esforço físico e emoção. “Campos dos Goytacazes é um território de descobertas. Não é preciso ir longe para viver uma aventura épica. Às vezes, ela está ao alcance de duas rodas e de um coração curioso”, concluiu.