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PGR: não há situação crítica de segurança na casa de Bolsonaro

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PGR: não há situação crítica de segurança na casa de Bolsonaro

Em decisão divulgada nesta sexta-feira (29/8), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que não há necessidade de colocar policiais na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, por não existir situação “crítica de segurança”.

Porém, ele avaliou que há “risco concreto de fuga” do ex-presidente, mas considerou a prisão domiciliar medida suficiente.

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“Observo que não se aponta situação crítica de segurança no interior da casa. Ao que se deduz, a preocupação se cingiria ao controle da área externa à casa, contida na parte descoberta, mas cercada do terreno, que confina com outros tantos de iguais características. Certamente, porém, que há se ponderar a expectativa de privacidade também nesses espaços”, apontou Gonet no despacho.

O que está acontecendo?

O procurador pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o reforço no monitoramento do entorno da casa de Bolsonaro. Gonet, afirmou que as atuais medidas de monitoramento no entorno da casa são suficientes para evitar uma eventual fuga e que não há necessidade de agentes da Polícia Penal dentro da residência.

O procurador ressaltou que medidas de cautela já foram aplicadas e, por isso, não recomendou a presença contínua de policiais dentro da residência, preservando a integridade do ex-mandatário.

“Sendo essas as coordenadas do problema, não se mostra à Procuradoria-Geral da República indeclinável que se proceda a um incremento nas condições de segurança no interior da casa em que o ex-Presidente da República se encontra. Justifica-se, não obstante, o acautelamento das adjacências, como a rua em que a casa está situada e até mesmo da saída do condomínio”, pontuou.

Em relação à parte externa da propriedade, Gonet disse não se opor ao reforço de vigilância, mas descartou a presença física contínua de agentes.

“Esses agentes, porém, devem ter o seu acesso a essas áreas livre de obstrução, em caso de pressentida necessidade. O monitoramento visual não presencial, em tempo real e sem gravação, dessa área externa à casa contida no terreno cercado, também se apresenta como alternativa de cautela, segundo um prudente critério da Polícia, num juízo sobre a sua indispensabilidade”, completou.

Risco de fuga

No documento, o procurador também reforçou as preocupações da Polícia Federal (PF) sobre um possível plano de fuga de Bolsonaro para a Argentina, citando a minuta de pedido de asilo dirigida ao presidente Javier Milei.

“É sabido, igualmente, que o ex-presidente já demonstrou proximidade com dirigentes de países estrangeiros, tendo acesso facilitado a embaixadas, como se viu, com relação à da Hungria, em outra oportunidade”, registrou a PGR.

Apesar do alerta, Gonet considerou que as providências sugeridas pela PF não se sustentam e recomendou ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, que não autorize monitoramento interno da casa de Bolsonaro. Moraes ainda não se manifestou sobre o pedido.

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