O crime organizado encontra no Rio Solimões personagens que podem ser tanto inimigos quanto aliados de ocasião. São os piratas, quadrilhas comandadas ou que têm em suas fileiras policiais corruptos, que atacam embarcações rivais, roubam drogas e outros produtos obtidos de forma ilegal, mergulhando de cabeça no tráfico da região.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) é minoritário no Amazonas, concentrando suas forças em quatro municípios, o principal deles Coari, no médio Solimões, em ponto estratégico por ficar entre a Tríplice Fronteira e Manaus. Para conseguir se estabelecer no local, a facção nascida no estado de São Paulo se aliou aos piratas que atuam na região.
O enredo não é novo. No passado, o Comando Vermelho (CV) também era fraco diante da Família do Norte (FDN), facção que preponderava no Amazonas, e se aliou aos piratas para conseguir se impor de alguma maneira.
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Segundo o próprio secretário da Segurança Pública do Amazonas, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, os piratas foram expulsos do CV no passado. “Eles acabavam não tendo ética, entre aspas. Eles mesmos acabavam roubando as drogas do Comando Vermelho, então foram expulsos”, disse, durante o Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). “O PCC viu nisso uma oportunidade e abraçou esses piratas”, afirmou.
Barco cruza o Rio Javari, no Amazonas
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PM pilotando barco no Rio Solimões, em Tabatinga (AM)
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Militares em Benjamin Constant (AM), no Rio Javari
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Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na Colômbia
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Embarcação no Rio Javari, no Amazonas
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Fachada de igreja em Atalaia do Norte, no Amazonas
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Porto de Benjamin Constant, no Amazonas
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Embarcação em rio da Amazônia
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Porto de Benjamin Constant, no Amazonas
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Embarcação no Rio Javari, em Benjamin Constant
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Porto de Benjamin Constant, no Amazonas
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Embarcação em rio amazônico
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Imagem mostra embarcação em Tabatinga (AM)
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Embarcação no Rio Javari
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Serraria na margem peruana do Rio Javari
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orto de Benjamin Constant, no Amazonas
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Porto de Benjamin Constant, no Amazonas
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Barco no Rio Javari, no Amazonas
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Barco ambulância no Rio Javari, no Amazonas
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Tenente-coronel Castro Alves, em embarcação no Rio Javari
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Pistola de policial no Rio Javari, no Amazonas
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Arco-íris sobre o Rio Javari, em Atalaia do Norte
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Embarcação no Rio Javari, em Atalaia do Norte (AM)
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Indígena ferido por ferrão de arraia em Atalaia do Norte (AM)
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Índigena sendo socorrido em Atalaia do Norte (AM)
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Rua do porto em Atalaia do Norte (AM)
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Pescador mostra piranha no mercado municipal, em Atalaia do Norte (AM)
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Quadro de distâncias e tempo de viagem em barco rápido na Prefeitura de Atalaia do Norte (AM)
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Garrafas com gasolina à venda, em Atalaia do Norte (AM)
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Barco da PM no Rio Javari, no Amazonas
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Cemitério em Atalaia do Norte (AM)
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Esculturas de peixes em Atalaia do Norte, no Amazonas
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Letreiro em Atalaia do Norte, no Amazonas
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Garrafas com gasolina à venda, em Atalaia do Norte (AM)
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Família em moto em Atalaia do Norte (AM)
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Casa de apostas em Atalaia do Norte (AM)
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Tuc-tuc em Letícia, na Colômbia
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Fronteira entre Brasil e Colômbia
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Fronteira entre Brasil e Colômbia
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Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na Colômbia
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Policial colombiano diante de porto em Letícia, na Colômbia, com vista para a ilha de Santa Rosa, no Peru
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Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na Colômbia
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Fronteira entre Tabatinga (BRA) e Letícia (COL)
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Policiais militares e cães farejadores em Tabatinga (AM)
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Presídio em Tabatinga, no Amazonas
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Divisa entre Tabatinga (BRA) e Letícia (COL)
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Humberto Freire, da PF, em Manaus
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Teatro Amazonas, em Manaus
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Mario Sarrubo
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Porto em Manaus, no Amazonas
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Pichação do Comando Vermelho em Manaus, no Amazonas
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Almeida afirmou que não tem problema nenhum em “cortar na própria carne”, quando policiais são flagrados atuando na pirataria. “A gente não quer esse tipo de pessoa nas nossas instituições”. Entre 2020 e agora, 47 integrantes das forças de segurança foram demitidos ou expulsos por crimes os mais diversos, não necessariamente relacionados à pirataria.
No Amazonas, nomes como Nego do Catara, Sarney, Chupa e Omar Melo Filho são associados ao controle da pirataria, segundo policiais ouvidos pela reportagem. Alguns desses líderes morreram e outros têm paradeiro desconhecido.