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Policiais acusados de executar homens na Chapada são julgados em Goiás

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Policiais acusados de executar homens na Chapada são julgados em Goiás

Goiânia – Os sete policiais militares acusados da morte de quatro homens em uma chácara em Cavalcante, na região da Chapada dos Veadeiros, no Entorno do Distrito Federal, começaram a ser julgados nessa terça-feira (19/8), na capital goiana. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), devido ao grande número de réus e testemunhas, o julgamento pode ser estendido até esta quinta-feira (21/8).

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), os sargentos Aguimar Prado de Morais e Mivaldo José Toledo, o cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos e os soldados Luís César Mascarenhas Rodrigues, Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida, Welborney Kristiano Lopes dos Santos e Eustáquio Henrique do Nascimento foram denunciados por homicídio qualificado e fraude processual.

O crime ocorreu em janeiro de 2022 e as vítimas foram executadas com 58 disparos de arma de fogo. Os réus respondiam em liberdade após decisão da Justiça.

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Alan Pereira, de 27 anos, teria sido ameaçado por PM antes de morrer

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Salviano, de 63 anos, foi morto em ação da PM

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Local onde 4 foram mortos pela PM era composto por choupanas

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Plantas passaram por perícia no local onde PM matou quatro

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Chinelos encontrados em local que 4 foram mortos pela PM

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Mulher ergue placa pedindo justiça após mortes na Chapada

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Moradores pedem por justiça após mortes pela PM na Chapada

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Familiar de uma das vítimas mortas pela PM participou de protesto

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“São Jorge pede justiça! Por que mataram inocentes”, diz faixa em protesto

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“Chacina na chapada”, diz faixa em manifestação na Vila de São Jorge

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Niro era um morador pioneiro da Vila de São Jorge

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Suposta plantação de maconha foi queimada

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Casa destruída em comunidade de Monte Alegre de Goiás

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Plantação tinha entre 500 e 600 pés de maconha, segundo a polícia

PMGO

Relembre o caso

Leia também

Emboscada

Os policiais são acusados de armar uma emboscada para matar Salviano Souza, de 63 anos, Ozanir Batista da Silva, de 47 anos, Antônio da Cunha Fernandes, de 35 anos, e Alan Pereira Soares, de 27 anos.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) destacou que “à época dos fatos, adotou prontamente todos os procedimentos administrativos cabíveis, em conformidade com a legislação vigente”. Além disso, a corporação frisou que segue colaborando com o Poder Judiciário

Mudança no julgamento

O júri popular, que inicialmente seria realizado em Cavalcante, foi transferido à Goiânia. No primeiro dia do julgamento, parte das 13 testemunhas foram ouvidas. Na manhã desta quarta-feira (20/8), os policiais começaram a ser interrogados, informou o TJGO.

O inquérito foi concluído pela Polícia Civil, que indiciou os policiais militares pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual, no dia 4 de março de 2022.

Ainda em março, os militares foram denunciados pelo Ministério Público. Conforme a denúncia, um laudo apontou que uma das vítimas foi atingida quando já estava caída ao chão. O órgão apurou que os PMs ainda queimaram a vegetação do local para destruir a prova de que lá não havia uma plantação de maconha do tamanho que eles tinham informado.

Vítimas

Após o crime, mais de 100 entidades da sociedade civil organizada e de movimentos sociais assinaram uma nota de repúdio contra a ação da Polícia Militar. Na nota, eles pediram por justiça e divulgaram ainda a identidade dos mortos durante a ação policial.

“Salviano, Chico Kalunga, Jacaré e Alan eram conhecidos por todos da comunidade e muitos possuem estórias pra contar dos momentos vividos juntos. Não eram pessoas violentas,não andavam armados. Eram pacíficos”, relatou o documento.

Confira abaixo quem era cada uma das vítimas:

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