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Prefeitura diz que está preparando novo Censo da População de Rua

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Prefeitura diz que está preparando novo Censo da População de Rua

A Prefeitura de São Paulo afirma que está preparando um novo Censo da População de Rua da cidade. A informação foi confirmada ao Metrópoles pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).

Segundo a pasta, os trâmites para a elaboração do Censo foram iniciados e o processo está em fase de “dotação orçamentária” atualmente. A secretaria não confirmou, no entanto, quando o levantamento começará de fato.

“A pesquisa terá início após a assinatura do contrato com a empresa ou instituto de pesquisa que vencer o pregão eletrônico”, diz a pasta, que também não estabeleceu prazos para publicar o edital de contratação da empresa responsável por apurar os dados.

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Homem tenta se proteger do frio com cobertor

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População de rua conta com doações para lidar com frio e fome

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Pessoa em situação de rua pega doação em tenda da Operação Baixas Temperaturas

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Pessoa em situação de rua é atendida por ação do governo estadual

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População em situação de rua faz fila para pegar doações em tenda da Operação Baixas Temperaturas

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Tenda montada pela prefeitura para distribuição de cobertores, agasalhos e sopa durante frente fria na capital; moradores de rua

Rovena Rosa/ Agência Brasil7 de 7

Morador em situação de rua no frio de SP

Divulgação / Governo de SP

Depois da contratação, o novo Censo será feito em 280 dias, seguindo três etapas.

Como funcionará o levantamento

Limite do prazo

A realização do censo para contabilizar o tamanho da população em situação de rua em São Paulo está prevista em lei e deve ser realizada obrigatoriamente a cada quatro anos. O último censo foi feito durante a gestão Bruno Covas (PSDB), em 2021, e teve os resultados publicados em 2022.

Na época, o levantamento apontou que 31.844 pessoas viviam nas ruas de São Paulo, um aumento de 31% em relação ao censo anterior, de 2019, que havia contabilizado 24.344 moradores nas ruas.

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Rosana veio para as ruas por decisão própria, diz

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Ela optou por se instalar nos arredores da Avenida Paulista

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Nelson Alves, 62 anos

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Maria vive com cães em uma alameda paralela à Avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo

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Ela já trabalhou como enfermeira para o estado de São Paulo

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Cachorros se abrigam em um amontoado de colchões, baldes e pallet

Fábio Vieira/Metrópoles

O intervalo entre as duas pesquisas foi menor que o estabelecido em lei porque o ex-prefeito Bruno Covas antecipou o levantamento para avaliar os impactos da pandemia nesta população. O censo de agora, no entanto, está próximo do limite do prazo imposto pela legislação municipal.

Entidades ligadas à assistência social e que lutam pelos direitos da população em situação de rua têm criticado a prefeitura pela demora no levantamento dos dados. Em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo nesta quinta-feira (14/8), representantes de entidades fizeram falas cobrando a gestão Nunes para dar início ao levantamento.

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“As vagas [em abrigos] estão conectadas com o censo. Se não tem um aumento da população de rua [comprovado pelo censo] é perigoso até diminuir as vagas”, afirmou Alderon Pereira, do Fórum da Cidade em Defesa da População de Rua.

Dados do Observatório da População de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostram que, em julho deste ano, 99.626 paulistanos estavam cadastrados como pessoas em situação de rua no CadÚnico, do governo federal.

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