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    Preso por feminicídio, homem alegou que mulher morta sofreu convulsão

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    Um homem de 59 anos foi preso em flagrante por feminicídio em Barueri, na Grande São Paulo, na manhã desse domingo (3/8). Fabio Seoane Soalheiro acionou o resgate municipal alegando que a sua companheira, Bruna Martello Carvalho, de 35 anos, tinha tido uma convulsão, mas acabou preso após a polícia constatar marcas indicativas de luta e agressões no corpo da mulher, além de sinais de violência no apartamento do casal.

    Saiba o que aconteceu

    • De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve acesso, Fabio Soalheiro chamou o resgate por volta das 8h20 da manhã de domingo (3/8), alegando que sua companheira estava tendo uma convulsão.
    • Quando a equipe de socorro chegou ao apartamento do casal, em Alphaville, constatou que Bruna já estava morta e apresentava sinais de lesões, o que fez os socorristas acionarem a Guarda Civil Municipal (GCM).
    • O guarda municipal que atendeu a ocorrência relatou à polícia marcas de sangue em diferentes cômodos, mechas de cabelo arrancadas e o comportamento confuso e nervoso de Fabio.
    • Após ser conduzido à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri, em depoimento, Fabio alegou que Bruna sofreu uma convulsão na noite do sábado (2/8) e que ela o teria mordido durante a crise.
    • O homem disse que ambos dormiram no chão do quarto e, ao acordar, percebeu que ela não respondia. Ele negou qualquer agressão e atribuiu os ferimentos a movimentos involuntários dela durante a suposta convulsão.
    • A polícia também ouviu vizinhos do casal, que informaram que ouviam com frequência gritos e discussões do apartamento deles.
    • Um segurança do prédio que esteve no local relatou que Fabio tentou sair após a chegada do socorro, afirmando que “não poderia estar lá quando a família chegasse”. Ele foi impedido de sair até a chegada da GCM.

    A perícia constatou lesões na vítima incompatíveis com uma crise convulsiva, incluindo sinais de luta, ferimentos no rosto e pescoço. Além disso, a morte de Bruna ocorreu pelo menos 8 horas antes do chamado ao socorro, segundo o documento.

    A polícia ainda descobriu que o suspeito já era procurado pela Justiça de Santa Catarina. Contra ele, havia dois mandados de prisão em aberto, um por violência doméstica e outro de natureza civil.

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    Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o homem foi indiciado e permaneceu à disposição da Justiça.