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    Projeto de Derrite que empodera PM em prisões é expandido em SP

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    Foi prorrogado por mais um mês, além de expandido territorialmente, o projeto-piloto que empodera policiais militares para que prendam procurados da Justiça, conduzindo-os diretamente ao sistema prisional de São Paulo.

    A informação consta em mais um relatório, finalizado nessa quarta-feira (6/8) pela PM, o qual mostra que a medida irá funcionar todos os dias e horários, além de ter sido ampliado para a zona oeste paulistana.

    Revelada pelo Metrópoles, a medida da gestão do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, foi adotada em caráter de teste na área do Comando de Policiamento de Área 1 (CPA/M-1), no centro paulistano, no dia 4 de junho, e provocou reações negativas entre policiais penais e civis. Juristas ouvidos pela reportagem também consideraram a medida “absurda”.

    9 imagensGovernador de SP Tarcísio de Freitas (Republicados) a esquerda e Guilherme DerriteO titular da SSP de SP, Guilherme DerriteO secretário da Segurança Pública, Guilherme DerriteDerrite e Eduardo bolsonaroO comandante-geral da PM de SP, Cássio Araújo, e o secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme DerriteFechar modal.1 de 9

    O secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite (PP)

    Pablo Jacob/Governo de SP2 de 9

    Governador de SP Tarcísio de Freitas (Republicados) a esquerda e Guilherme Derrite

    Reprodução/Instagram3 de 9

    O titular da SSP de SP, Guilherme Derrite

    Amanda Ramos/SSP4 de 9

    O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite

    William Cardoso/Metrópoles5 de 9

    Derrite e Eduardo bolsonaro

    Reprodução/Facebook 6 de 9

    O comandante-geral da PM de SP, Cássio Araújo, e o secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite

    Reprodução/Instagram7 de 9

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    O secertário Guilherme Derrite e o governador Tarcísio de Freitas

    Reprodução

    O saldo do projeto-piloto da PM

    • Nos 20 primeiros dias da iniciativa, policiais militares capturaram seis foragidos da Justiça.
    • No novo relatório, obtido pela reportagem, consta que, até 31 de julho, foram 32 capturas.
    • 12 de homens por mandado de prisão criminal, levados ao Centro de Detenção Provisória-4 de Pinheiros.
    • 17 por inadimplência em pensão alimentícia, encaminhados ao Complexo Penal 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo.
    • 3 mulheres, apresentadas no Presídio Feminino em Santana, zona norte paulistana.
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    Em reuniões técnicas, constatou-se que, após a primeira prorrogação, o programa reduziu em até 1h o empenho da PM em prisões. Com isso, segue o documento, policiais civis terão mais tempo para focar na investigação de ocorrências, ou no atendimento à população.

    Todos os capturados, conforme o relatório, foram submetidos a audiências de custódia.

    Os boletins de ocorrência feitos pelos policiais militares nas capturas já são compartilhados via sistemas de integração com as demais instituições participantes do projeto: polícias Penal, Civil e Técnico Científica.

    A medida, ainda de acordo com o relatório, dispensa a impressão de documentos, possibilitando o envio digitalizado de informações, subsidiando “a conclusão das integrações tecnológicas” entre as instituições policiais envolvidas.

    O que diz a SSP

    A SSP afirmou, em nota enviada à reportagem, que a “iniciativa” resultou de “um processo técnico e colaborativo construído ao logo da atual gestão entre as instituições [policiais]”. A região central da capital paulista, acrescentou, será usada como área para testar “um fluxo operacional inédito”.

    • Segundo a SSP, a iniciativa “automatiza o envio de informações sobre criminosos presos” além de permitir que procurados da Justiça, com mandado de prisão vigente, sejam encaminhados diretamente para a cadeia, “desde que não haja outras ocorrências associadas”.
    • O argumento para a implementação do projeto é o de que agilizará procedimentos, não especificados, otimizará recursos e reforçará a integração entre as polícias, “permitindo o rápido retorno dos policiais militares ao patrulhamento e dos policiais civis às investigações”.
    • Presos em flagrante, ou em cumprimento de mandados de prisão temporária serão, segundo a SSP, encaminhados à Polícia Civil.
    • A pasta chefiada pelo PM da reserva Guilherme Derrite disse ainda que, ao término dos 15 dias de teste, vai avaliar os resultados por meio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
    • Com isso, será analisada a “viabilidade operacional do modelo”, com a proposição de ajustes, ou ainda a ampliação dele.