As ações dos bancos sofreram um forte baque no Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), na terça-feira (19/8). Em conjunto, as cinco maiores instituições financeiras de capital aberto do país perdem R$ 41,98 bilhões em valor de mercado. O recuo teve forte peso no próprio Ibovespa, que baixou 2,10% no pregão, o segundo maior recuo do ano.
A queda foi resultado da decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou a eficácia automática de leis estrangeiras no Brasil. A medida foi interpretada pelo mercado como uma forma de blindar o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, incluído na Lei Magnitsky pelo governo americano, em 30 de julho.
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Na lista de perda de valor de mercado de terça-feira, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, o Itaú ocupou a liderança, ao registrar recuo de R$ 14,71 bilhões. A seguir, veio o BTG, com baixa de R$ 11,42 bilhões (veja lista abaixo).
Na avaliação de Einar Rivero, sócio da Elos Ayta, a queda do valor de mercado foi proporcional a dois fatores: o tamanho dos bancos (quanto maior o valor de mercado, maior o tombo em reais) e as relações que mantêm com o mercado dos Estados Unidos.
Recuperação
Nesta quarta-feira (20/8), as ações dos bancões apresentavam resultados melhores do que os observados na véspera. Às 13 horas, estavam em alta os papéis do Itaú (0,43%), BTG (0,72%), Bradesco (0,81%), Santander (1,66%), Banco do Brasil (0,10%),
O valor de mercado de uma empresa é calculado com base no preço da ação na data do cálculo, multiplicado pela quantidade de papéis da companhia em circulação no mesmo dia.
Terça sangrenta
Confira o tamanho da queda do valor de mercado dos bancões (em R$) na terça (19/8)
- Itaú Unibanco – 14,71 bilhões
- BTG Pactual – 11,42 bilhões
- Banco do Brasil – 7,25 bilhões
- Bradesco – 5,40 bilhões
- Santander – 3,20 bilhões
Fonte: Elos Ayta