O cartunista Jaguar idealizava um ritual fúnebre inusitado: ele queria ser cremado e que suas cinzas fossem espalhadas por seus bares preferidos. A declaração foi dada há 25 anos, durante uma entrevista para o Estadão.
“Essa história [de velório tradicional] é uma aporrinhação para a família e os amigos. Além do mais, não quero que ninguém me veja dentro de um caixão. Vai faltar cinza, mas, aí, eu disse para a minha mulher incinerar um pangaré para completar o bolo”, disse o cartunista na época, com bom humor.
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Entre os locais estariam o Bar Luiz, o Bar Brasil e o Bracarense, no Rio de Janeiro; o Pirajá e o Piratininga, em São Paulo; e o Bar do Carlinhos, em Itaipava, cidade da região serrana do Rio.
Jaguar havia designado algumas pessoas para a missão, incluindo a esposa, Célia Regina. No entanto, não se sabe se a ideia era real ou se era apenas uma brincadeira do cartunista.
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Jaguar foi um dos fundadores do Pasquim, jornal de sátiras e charges que enfrentou a ditadura militar.