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    Saiba por que o INSS suspendeu a Crefisa de pagar benefícios

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    O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiu suspender o contrato com a Crefisa, empresa vencedora de 25 dos 26 lotes disponíveis para o pagamento de novos benefícios do órgão. A decisão, segundo o INSS, vem após o registro de uma série de reclamações em diferentes canais.

    Dentre as principais irregularidades apresentadas pela empresa estariam a dificuldade ou impedimento no recebimento do benefício, registro de atrasos, recusas de pagamento e limitações de saque, além de suposta coação para abertura de conta corrente e venda casada de produtos.

    De acordo com o INSS, por se tratar de uma medida cautelar, a suspensão se aplica aos novos pagamentos de benefícios, como medida necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público.

    O órgão aponta ainda que houve reclamações no sentido de falta de estrutura adequada da empresa nas agências bancárias, o que resultava em filas extensas, ausência de caixas eletrônicos e “inadequação do espaço físico”.

    Além disso, o INSS também recebeu reclamações sobre a portabilidades indevidas e não autorizadas, falta de um sistema de triagem e emissão de senhas e a ausência de informações claras e atendimento adequado.

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    Segundo o órgão, tais relatos foram recebidos por diferentes canais, como ofícios encaminhados por Procons, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e manifestações apresentadas diretamente pelos beneficiários, tanto nas agências da Previdência Social (APS) quanto na Ouvidoria do INSS, especialmente por meio da plataforma Fala.BR.

    Em nota, o INSS afirmou que “não compactua com práticas que acarretem prejuízos ou desconfortos aos beneficiários, especialmente àqueles em situação de vulnerabilidade social”.

    “O Instituto reitera seu compromisso de fiscalizar e exigir que todas as instituições bancárias parceiras prestem serviço com a qualidade e o respeito que aposentados, pensionistas e demais beneficiários merecem”, afirmou o INSS.