O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, preso na Operação Ícaro nesta terça-feira (12/8), ganha R$ 33.781 como funcionário da Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo.
A Operação Ícaro também prendeu o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e Mario Otávio Gomes, executivo da Fast Shop. Além de cumprirem as prisões, os agentes deram cumprimento a diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.
Segundo os promotores, o principal operador do esquema é o fiscal Artur Gomes da Silva Neto — ele ocupava cargo de chefia na Fazenda estadual paulista como supervisor da Diretoria de Fiscalização (Difis) e recebeu R$ 25.556 líquido em junho. O servidor teria recebido cerca de R$ 1 bilhão em propina desde 2021 para fraudar créditos tributários a favor das empresas. Na casa dele, o MPSP encontrou pacotes de dinheiro.
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Os promotores do MPSP acreditam que Artur atuava para outras empresas além da Ultrafarma.
De acordo com a apuração, o fiscal manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Em contrapartida, recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. Constatou-se também que o fiscal já recebeu, até este momento, mais de R$ 1 bilhão em propina.
Dinheiro encontrado em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupção
Reprodução
Dinheiro encontrado em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupção
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Pacotes de dinheiro foram encontrados em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupção
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Dinheiro encontrado em casa de fiscal Artur Gomes da Silva Neto, investigado por corrupção
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Como funcionava o esquema de corrupção
- O esquema envolvia o pagamento de propina para o auditor fiscal de alto escalão da Secretaria da Fazenda, Artur Gomes da Silva Neto
- Artur Gomes da Silva Neto manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas.
- Essas empresas, entre elas a Fast Shop e a Ultrafarma, eram beneficiadas, deixando de contribuir devidamente ao estado de São Paulo.
- Em contrapartida, Arthur Neto recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe.
Por meio de nota, a Fast Shop afirma que “ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação, e está colaborando com o fornecimento de informações às autoridades competentes”. A Ultrafarma ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.