O enterro do ator Carlos Sebastião Vasconcelos Prata, filho do humorista, compositor e ator Grande Otelo, será bancado pelo SATED/RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro). O artista, conhecido como Grande Otelo Filho, morreu na madrugada desta quarta-feira (20/8), após ser internado com complicações cardíacas.
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Dificuldades
A coluna Fabia Oliveira apurou que a presidência e a diretoria do sindicato vão pagar o enterro do filho de Grande Otelo. De acordo com informações, o custo chega a R$ 6 mil. Carlos Sebastião estava longe do trabalho desde 2021 e enfrentava dificuldades financeiras. Nos últimos anos, chegou a morar na rua e ser internado numa clínica de reabilitação.
“Agora que ele morreu, várias pessoas querem saber, mas quando ele estava vivo, ninguém deu emprego pra ele. O pai dele foi um dos mitos da TV Globo, mas ninguém dá emprego pros meninos. Ele morreu todo ferrado, na dificuldade. Quanto a Globo não ganhou com o pai dele? Eles não estão nem aí”, criticou Hugo Gross, presidente do SATED/RJ.
Grande Otelo Filho estava internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Copacabana desde a terça-feira (19/8). Além de Carlos Sebastião, o humorista Grande Otelo, que morreu em 1993, deixou outros três filhos: José Prata, Jaciara Prata e Mário Luiz Prata.
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Carlos Sebastião Vasconcelos Prata, conhecido como Grande Otelo Filho
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Carlos Sebastião Vasconcelos Prata, conhecido como Grande Otelo Filho
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Carlos Sebastião Prata era filho de Grande Otelo
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Hugo Gross
Arquivo Pessoal
Quem era?
Assim como o pai, Grande Otelo Filho também dedicou a vida às artes e a dramaturgia, mas vinha enfrentando dificuldades financeiras nos últimos anos. Ele nasceu em 13 de agosto de 1955 e morreu apenas uma semana após completar seu 70º aniversário.
Apesar de ser filho de Grande Otelo, Carlos Sebastião não teve uma vida fácil e passou por altos e baixos. Em 2021, em entrevista à colunista Patrícia Kogut, ele disse que sempre sentiu muita pressão na carreira por conta da fama e do sucesso do pai.
“O meu pai foi uma pessoa incrível, tínhamos uma relação muito próxima. Ele era um grande amigo. Ao mesmo tempo, ser filho de Grande Otelo sempre teve um peso muito grande sobre mim em todos os sentidos. Muitas pessoas se aproximavam por interesse. Também fui muito cobrado e comparado a ele”, disse.
Após a morte do pai e meio à pressão, Grande Otelo Filho acabou se envolvendo com as drogas, se tornou dependente químico e passou a enfrentar problemas financeiros. “Vários moradores me ajudavam e chegavam a dividir a sua comida comigo. Fiquei cerca de três anos morando na rua”, lembrou.