Moradores do Residencial Allegro, na QNN 27, em Ceilândia ouviram gritos de socorro do funcionário, 42 anos, de uma empresa terceirizada. Ele morreu prensado em um acidente com o elevador de serviço. A tragédia aconteceu na manhã desta terça-feira (19/8).
O Metrópoles apurou que a casa de máquina dá acesso aos três elevadores da torre “D” do condomínio residencial. O funcionário deveria consertar o elevador social – quebrado há cerca de um mês e meio. Ele, contudo, entrou na porta errada, no de serviço que estava em funcionamento. As informações preliminares indicam que ele ficou prensado no andar.
A equipe contava com três funcionários e dois deles realizavam outras manutenções no momento da tragédia. Os colegas de serviço da vítima estranharam a demora no retorno, até que uma moradora escutou pedidos de socorro vindo do fosso de elevador de serviço. Quando conseguiram acessar o local, o trabalhador já estava sem vida.
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“Eu tinha acabado de chegar com meu filho e estávamos esperando um dos outros elevadores. E então começamos escutar uma pessoa gritando umas cinco vezes ‘me ajuda, socorro’. Fiquei desesperada e liguei para portaria central vir ajudar, mas quando eles chegaram, [funcionário] já tinha parado de gritar. Foi tudo muito rápido”, relatou a moradora.
Ela ainda disse que o funcionário esteve presente na noite dessa segunda-feira (18/8) no local. O próprio teria explicado a ela que estava ali para arrumar e que estava apenas esperando as peças para a realização do serviço.
“Ele me disse que eu não precisaria me preocupar, que o elevador era seguro e que ele não cai porque tinha todo um aparato. Hoje eu encontrei e até cumprimentei ele e depois acabei descobrindo a tragédia”, acrescentou.
Informações preliminares dão conta de que o rapaz foi atingido pelo contrapeso do elevador, após alguém supostamente ter acionado o elevador.
Moradores relataram ao Metrópoles que a queixa sobre o funcionamento dos aparelhos no prédio é antiga.
“Os elevadores com problemas são algo constante aqui no condomínio. Eu mesmo já tive uma experiência de a minha filha ficar presa. Normalmente eu nem deixo ela sozinha. O condomínio precisar ter uma atenção e um cuidado maior “, relatou uma moradora, que preferiu não se identificar.
“Forma estranha”
Outra residente do Allegro disse que, nessa segunda-feira (18/8), o elevador da torre “F” ficou funcionando de “forma estranha” a noite inteira. “Era um sobe e desce a noite toda, com a porta abrindo e fechando sem ninguém acionar nada. Até falei para o meu marido na hora de levantar não pegar nenhum elevador”, explicou.
A Polícia Civil do DF (PCDF) esteve no local para fazer perícia e determinar o que causou a morte do trabalhador.
A síndica do condomínio ainda não se manifestou sobre o ocorrido.