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Soldado é indiciada pela morte de 2 PMs do DF após festa de formatura

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Soldado é indiciada pela morte de 2 PMs do DF após festa de formatura

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou a soldado da Polícia Militar (PMDF) Ana Flávia Vitor Campos por homicídio culposo no trânsito, por duas vezes. A militar era a motorista do veículo envolvido no grave acidente que resultou na morte de outros dois policiais, na noite de 2 de maio deste ano, no Setor de Clubes Esportivos Sul.

Lucas Souza Diniz Adorni teve parada cardiorrespiratória e teve o óbito constatado no local do acidente. O segundo aluno do curso de formação que morreu foi Rafael Basílio Arnold dos Santos. Ele sofreu traumatismo craniano. Todos haviam acabado de deixar a festa de formatura.

De acordo com as investigações conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), inicialmente, o boletim de ocorrência informava a presença de apenas cinco pessoas no carro. Além das duas vítimas fatais e da motorista, os também policiais Gustavo Paulino Garcia Costa e Bianca Bandeira Cesar Luz estavam no interior do HB-20 branco que se chocou violentamente contra uma árvore.

No entanto, um sexto ocupante do carro havia deixado o local antes da chegada do socorro. O soldado Jonas Lima Jorge contou, dias depois à PCDF, que havia ficado “desorientado e pedido um carro por aplicativo” e ido para casa.

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Os investigadores contaram com o depoimento de dois motoristas de aplicativo que estavam no local do acidente para colher informações importantes na condução do inquérito. Ambos mantiveram versões coesas e semelhantes. As duas testemunhas que presenciaram o acidente e ajudaram no socorro às vítimas relaram, basicamente, que a motorista perdeu o controle do veículo sozinha.

Ainda segundo o relato, uma das testemunhas presenciou o momento em que o veículo subiu a via lateral, com os seus integrantes fazendo algazarra e com os corpos para fora do carro.

Veja imagens do local do acidente:

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Lucas Souza Diniz Adorni teve parada cardiorrespiratória e teve o óbito constatado no local do acidente.

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O segundo aluno do curso de formação que morreu foi Rafael Basílio Arnold dos Santos. Ele sofreu traumatismo craniano.

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Dois PMs morreram após o carro em que estavam, um Hyundai HB20 branco, bater contra uma árvore no canteiro central de uma via no Setor de Clubes Esportivo Sul

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Outros dois ocupantes sofreram traumatismo craniano e foram levados em estado grave para o Hospital de Base

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A ocorrência foi registrada pouco antes das 23h50 dessa sexta-feira (2/5) pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que mobilizou seis viaturas

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No interior do veículo estavam cinco pessoas, que foram avaliadas e atendidas pelas equipes de resgate

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Uma das vítimas com parada, foi submetida pelos socorristas, ao protocolo de reanimação cardiopulmonar (RCP)

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Apesar dos esforços, não resistiu e teve o óbito da vítima constatado por um médico no local

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Perícias

Para tentar traçar a dinâmica do acidente e esclarecer os motivos que fizeram a policial perder o controle do veículo em uma reta, as equipes da PCDF entraram em contato com a mãe da motorista, que até então estava hospitalizada e não poderia ser ouvida em termo de declaração. A mãe da soldado teria sido categórica em afirmar que não  passaria nenhuma informação à PCDF e que os investigadores deveriam procurar a PMDF.

A Polícia Civil precisou oficiar o comando-geral da corporação para descobrir que o HB-20 havia sido guinchado e levado para o pátio da Academia da PMDF. Apenas na manhã de 8 de maio, três dias após o acidente, o carro foi levado ao Instituto de Criminalística (IC), onde perícias complementares foram realizadas.

O laudo de exame de local foi concluído e apontou como causa do acidente a perda de controle do veículo pela motorista. A PCDF também solicitou perícia complementar com o objetivo verificar eventuais danos prévios nos freios ou sistema de direção que pudessem ter determinado a perda do controle.

O laudo afirma que os sistemas não possuíam avarias. Foi solicitada, ainda, uma perícia para identificar a suposta presença de resquícios de espargidores (spray de pimenta).

A perícia foi solicitada em razão do depoimento da testemunha que afirmou ter visto o veículo trafegando com pessoas fazendo algazarra com os corpos para fora do carro, o que podia indicar algum tipo de brincadeira de mau gosto que levasse a motorista a perder o controle do carro. O resultado também foi negativo.

 

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