Dois homens foram presos nesta terça-feira (12/8), ambos suspeitos de aplicar golpes financeiros por meio de falsos editais de concursos públicos em São Paulo. A dupla foi presa durante cumprimentos de mandados na Vila Madalena, na zona oeste de capital, e em Campinas, no interior do estado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os suspeitos foram presos durante uma operação chamada Caça Fantasmas, deflagrada após uma vítimas dos criminosos, que registrou boletim de ocorrência.
Como funcionavam os golpes
- Os suspeitos anunciavam os falsos concursos públicos nas redes sociais. Os chamados induziam a vítima a clicar em um link que a direcionava para uma página “praticamente idêntica” à oficial do governo federal.
- Depois de seguir as instruções do falso edital com o preenchimento de dados pessoais, a vítima recebia diversos QR Codes para o pagamento de taxas de inscrição, que variavam entre R$ 28 e R$ 87.
- No caso de uma das vítimas, o antivírus do computador identificou a página como suspeita. Ao verificar, a pessoa constatou que se tratava de um golpe e que a inscrição não havia sido concretizada.
- Ao receber as informações do ocorrido, a polícia começou a investigação e descobriu pelo menos 640 boletins de ocorrência com o mesmo padrão de fraude.
- As autoridades ainda apontaram que, para dificultar a ação policial, os suspeitos mantinham diversas empresas ligadas a crimes virtuais.
Apreensões e central clandestina de TV
A Justiça expediu seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados à dupla. Além das prisões, as autoridades apreenderam dois carros superesportivos da marca Porsche, notebooks, computadores e celulares. Além disso, cerca de 20 máquinas de cartão também foram apreendidas.
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Duas porsches foram apreendidas com a dupla de suspeitos que aplicavam golpes em falsos concursos
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Em um dos endereços, a polícia encontrou uma central de tv clandestina
Reprodução/ Secretaria da Segurança Pública (SSP)
Em um terceiro endereço, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, a polícia encontrou um local que funcionava como sede e domicílio fiscal das empresas de facada.
No imóvel, havia uma central clandestina de TV a cabo, onde os suspeitos usavam os equipamentos para captar e redistribuir sinais da TV por assinatura, além de gravar e comercializar o conteúdo de forma ilegal em plataformas de streaming.
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Os dois foram presos por associação criminosa e crime contra as telecomunicações no 42° Distrito Policial (Parque São Lucas).