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Trama golpista: saiba como será o julgamento de Bolsonaro e demais réus no STF

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Trama golpista: saiba como será o julgamento de Bolsonaro e demais réus no STF

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022, após as eleições presidenciais, seguirá o rito previsto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (STF).

Após pedido do relator, ministro Alexandre de Moraes, o presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, reservou os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025, das 9h às 12h, em sessões extraordinárias para o julgamento. Também está prevista uma sessão extraordinária no dia 12, das 14h às 19h, além de sessões ordinárias nos dias 2 e 9, no mesmo horário vespertino.

A sessão do dia 2 começará com Zanin abrindo os trabalhos, prosseguindo com Moraes na leitura do relatório da ação penal, que apresentará um histórico das investigações. Em seguida, falará o procurador-geral da República, Paulo Gonet, autor da denúncia contra os réus, pelo prazo de até 2 horas.

Na sequência, as defesas apresentarão as sustentações orais, com duração de até 1 hora, cada. Concluída essa etapa, os ministros avaliarão as preliminares — questões levantadas e que precisam ser resolvidas antes do julgamento do mérito.

Logo após, Moraes terá a palavra para proferir o voto, pela condenação ou absolvição dos réus. Na sequência, os demais ministros votarão, seguindo a ordem de antiguidade na Corte, e o julgamento será encerrado por Zanin.

As sessões ocorrerão no plenário da Primeira Turma do STF. A decisão da Corte será tomada por maioria. Caso haja condenação de Bolsonaro e dos demais réus, ela será anunciada na proclamação do resultado.

Sem presença

Bolsonaro e os demais réus não são obrigados a comparecer pessoalmente ao Supremo durante o julgamento. Segundo o Regimento Interno da Corte, é permitido que a defesa seja conduzida integralmente por advogados constituídos ou defensores públicos, assegurando a representação técnica mesmo na ausência física dos acusados.

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A presença dos acusados é exigida, apenas, em atos processuais específicos da fase de instrução, como interrogatórios ou acareações – etapas que já foram realizadas antes da sessão de julgamento em plenário, em situações que ocorreram com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, por exemplo.

Confira os réus do núcleo crucial

O julgamento será presencial. Além do núcleo central, que envolve o ex-presidente, outros três grupos respondem criminalmente por participação na tentativa de golpe, mas ainda sem data definida para análise pelos ministros da Primeira Turma. Os três núcleos permanecem na fase anterior ao julgamento, sem que tenha sido aberto o prazo para apresentação das alegações finais.

As defesas dos réus do chamado núcleo crucial da trama golpista, denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, apresentaram em 13 de agosto as alegações finais. A linha comum seguida pelos advogados dos oito réus foi frisar a falta de provas da acusação para ligar os respectivos clientes à participação no planejamento de um possível golpe de Estado.

O processo vai para julgamento da Primeira Turma, composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino. Eles podem decidir se os oito acusados pela PGR serão condenados ou absolvidos. É possível, ainda, que algum ministro peça vista, o que representaria mais tempo para análise, com prazo de retorno para julgamento em 90 dias.

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