O trompetista Fabiano Leitão esteve em frente ao condomínio onde mora o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, e tocou a marcha fúnebre e a música “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora”. A apresentação ocorreu nesta segunda-feira (4/8) horas após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro.
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Figura conhecida no meio da militância de esquerda, Fabiano ganhou notoriedade ao realizar serenatas diárias para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando o petista estava preso em Curitiba.
Ele também costuma marcar presença em momentos simbólicos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente em contextos negativos para o ex-mandatário. Foi o caso, por exemplo, quando Bolsonaro se tornou réu no Supremo Tribunal Federal por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em março deste ano e quando Jair foi até o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) colocar tornozeleira eletrônica, em julho.
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Pedido de prisão domiciliar
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi determinada por descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas ao ex-presidente.
Entre as medidas já em vigor estavam a proibição de sair do país, o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno (das 19h às 6h) e aos fins de semana, além da proibição de frequentar embaixadas, manter contato com embaixadores, outros réus ou autoridades estrangeiras. Também estava vedado a Bolsonaro o uso de redes sociais, direta ou indiretamente.
Segundo Moraes, Bolsonaro violou essas restrições ao participar por telefone de uma manifestação realizada no domingo (3/8), no Rio de Janeiro. Embora estivesse em casa, em Brasília, por conta das cautelares, sua fala foi retransmitida nas redes sociais por seus filhos, os senadores Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro.
Na decisão, Moraes destacou que esta foi a segunda vez que Bolsonaro descumpriu as medidas impostas e justificou a prisão domiciliar como resposta proporcional. “A Justiça não permitirá que um réu faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos. O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares — pela segunda vez — deve sofrer as consequências”, afirmou o ministro.